quarta-feira, dezembro 31, 2008

Mãe desnaturada

Pois é, até me esqueço de cá vir contar as novidades do novo habitante do pedaço, o segundo dente já está de fora à mais de 1 semana, este pedacinho de gente em menos de 1 mês ficou com 2 dentes, sem grandes sintomas, ficou foi ranhoso o que lhe dá alguma dificuldade em dormir, já não está tanto e aguarda-se que passe brevemente, ou então acabo por comprar uma máquina de vapores.

Já gatinha, o que segundo a opinião da médica de família quer dizer que não vai andar, sina desgraçada a deste meu filho, já o imagino com 6 ou 7 anos a ir para a escola de gatas, vou gastar imenso dinheiro em joelheiras... Cada criança tem o seu ritmo, umas gatinham outras não, umas andam aos 9 meses outras aos 15, e daí? Raio da médica pensa que isto é tabelado?

Continua a fazer-me sorrir de orelha a orelha quando desata a dizer mã-mã-mã-mã, por mais que não saiba o que está a dizer a mim enche-me de ternura e de mamazite aguda em fase terminal, leva logo montes de beijocas e dentadinhas nas partes mais rechonchudas.
Continua a mamar avidamente, principalmente de noite, ainda acorda 2 a 3 vezes, para muita gente deveria ser terrível, para mim também era à uns 3 ou 4 meses atrás, agora já está em piloto automático, mama de fora, ele come e adormece ali mesmo, meto-o na cama dele e desligo automaticamente. Obviamente que por vezes ainda vou fazer um xixi antes de voltar pra cama, já me aconteceu chegar ao quarto e encontro-o de pé, agarrado às grades da cama com aquele sorriso... lá se vai o sermão.
Quer no parquinho quer na cama já se põe de pé sozinho, com uma velocidade que faz impressão, só gosta de estar de pé e de gatas, sentado é muito chato. À custa disto acabaram-se as sestas na cama da mãe, nunca se sabe onde ele pode querer ir quando acorda, porque já não chora, põem-se de pé se tem onde se agarrar (no caso da cama dele) ou gatinha por ai fora na minha cama, tenho tido cuidado redobrado porque ele vem dormir o ultimo sono (ou brincar) para a minha cama logo que o pai sai para trabalhar, se ele fica acordado e eu, eventualmente, adormeça ele vai logo direitinho às mesas de cabeceira, dali a chão é um instante. Já não se tem mão nele...

segunda-feira, dezembro 22, 2008

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Os mitos take 2

Como também mandei por e-mail o texto que publiquei aqui sobre os 25 mitos da pediatria recebi algumas respostas com as opiniões de mães e pais.

Fico um pouco assustada ao ver/saber que havendo estudos médicos que comprovam todas as linhas dos "mitos" como é que podem haver pais com opinião contrária? Se após um estudo cientifico que prova que uma medida é a errada ainda há quem o faça, mesmo sabendo que pode haver danos por tomarem essa atitude.

Nenhum dos assuntos tem margem para dúvidas, a não ser que haja outros estudos que provem o contrário... e a opinião de pediatras que não se actualizam também não tem validade.

Infelizmente é prato do dia em Portugal médicos que simplesmente se acham donos da sabedoria então só vão a palestras se houver uma farmacêutica que pague a despesas e mesmo assim nem sempre muda de opinião.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Prendas...

O que se pode comprar a um catraio que não liga aos brinquedos que tem e adora a garrafa de água de plástico que em vez de água tem meia dúzia de massinhas lá dentro, e o tapperware com molas da roupa...

Desmame!?!?

Não podia deixar de partilhar...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Porque adoro ser mãe de um menino

Quando fiquei grávida perguntaram-me imensas vezes se queria menino ou menina, quando respondia “Tanto faz” era mesmo sincera, venho de uma família de mulheres, realmente ia ser bem mais fácil tratar de uma menina, mas se fosse um menino a novidade também ia ser igualmente agradável, realmente tanto fazia ser menino ou menina. Tive um menino e daqui retirei algumas justificações (adaptei duas) de porque é bom ser mãe de um menino:

- Porque é diferente... (para quem só tem irmãs!);
- porque, como diz a lenda, são verdadeiros "grudinhos" da mãe;
- porque, também como diz a lenda, eles mamam muito e por muito tempo;
- porque a partir de agora, que sou mãe de um menino, vou poder conhecer um outro lado da vida, o masculino;
- porque meninos são apaixonados pelas mães;
- porque vejo muito do pai (dele) nele;
- porque vejo uma versão masculina de mim;
- porque filho é bom sempre!!!

Outros

- Workshop do Pano pela BioBebés – Pré inscrições abertas no blog. As T-Shirts de amamentação são fabulosas, falta a colecção de inverno, para já continuo com a camisola no pescoço sempre que o Pedro tem fome.

- “Pregnant in América” (Grávida na América) analisa a traição da maior dádiva da humanidade – o nascimento – por parte das corporações norte-americanas. Hospitais, companhias de seguros e outras entidades da indústria de cuidados de saúde, todas puseram de parte os melhores cuidados de saúde para com crianças e mães, para entrar no jogo do máximo lucro.Com a sua esposa grávida, o sociólogo, professor e principiante cineasta Steve Buonaugurio lança-se na criação de um filme que irá expor a face obscura da indústria norte-americana à volta do nascimento (que como todos sabemos, dita a tendência global) e ajudar a terminar a prejudicial exploração que fomenta sobre a gravidez e o parto.“Pregnant in América” é a história controversa do mais precioso milagre da vida, nas mãos dos mais poderosos interesses de uma nação.
(tradução livre de Carla Guiomar do texto de apresentação oficial disponível em: http://www.pregnantinamerica.com)

domingo, dezembro 14, 2008

Parabéns!!!

Foi assim à um mês atrás:

Parabéns Zé Miguel pelo teu primeiro mês!!!

sexta-feira, dezembro 12, 2008

De pé

Quando vi assustei-me, mas vi que estava bem seguro, deu tempo para ir buscar a máquina e o resultado foi este:



Fico muito contente com estas pequenas conquistas do meu filhote, mas aperta-me o coração ao vê-lo crescer tão depressa.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Os 25 mitos da pediatria

Conhecimentos inéditos sobre o desenvolvimento biológico estão a revolucionar os cuidados aos mais pequenos.

por Vera Lúcia Arreigoso

A vida moderna está a obrigar as crianças a uma socialização precoce e artificial

Música na gravidez. Não é preciso nascer para ouvir. Hoje admite-se que o feto tem capacidades auditivas a partir das 12 semanas e guarda memória dos sons após o nascimento. Recomenda-se a audição de sons graves porque têm um efeito calmante e a música clássica está entre os estilos adequados. Os ritmos binários têm a vantagem acrescida de se assemelharem ao batimento do coração da mãe. Uma curiosidade: a cadência com que as mães embalam é igual ao seu ritmo cardíaco e é por isso que o bebé adormece mais facilmente.

Aleitamento. Evitar alimentos como laranjas, cebolas, leguminosas ou chocolates não diminui as cólicas no bebé. A alimentação da mulher deve ser variada desde a gestação porque está provado que o feto inicia o desenvolvimento das células sensíveis ao sabor às 14 semanas. Todos são unânimes sobre os benefícios da amamentação exclusiva até aos seis meses de vida do bebé e provou-se que estão erradas as teorias sobre a fraca qualidade do leite muito líquido ou que não escorre quando é deitado num copo. O aleitamento é prioritário e deve começar ainda na sala de partos.

Esterilização. Ferver ou esterilizar biberões e tetinas não é necessário se os pais lavarem frequentemente, e bem, as mãos. As doenças infecciosas são menos frequentes e em condições normais de habitabilidade e de higiene basta uma lavagem que elimine os resíduos.

Alimentos. É um erro excluir alimentos como peixe, gema de ovo, carne de porco e frutas nos primeiros tempos de vida. A selecção visava prevenir alergias, mas as organizações internacionais defendem que atrasar a diversificação alimentar, mesmo em alérgicos, não traz benefícios. Outro erro antigo: não se deve obrigar a comer nem negociar alimentos por alimentos - por exemplo, dar uma bolacha para compensar ter comido sopa - e os legumes e frutas devem estar sempre na mesa porque a sua presença influenciará a alimentação na vida adulta. No passado, os alimentos eram introduzidos com o aparecimento dos dentes e agora são recomendados aos quatro meses, quando não há amamentação.

Suplementos alimentares. Vitaminas para quê? A sociedade moderna caracteriza-se pela abundância e uma dieta equilibrada é suficiente. A excepção, sobretudo no primeiro ano de vida, é a vitamina D, que gerações reforçaram com 'colheradas' de óleo de fígado de bacalhau. A tradição tem sido recuperada sob outras formas: os ácidos gordos são decisivos na formação das membranas cerebrais e estão a ser redescobertos em óleos de peixes de profundidade.

Peso. Gordura não é formosura. Cada bebé tem o seu ritmo e as variações nem sempre são sinal de doença. Os pediatras afirmam que os pais modernos se preocupam em excesso com o crescimento e recomendam que pesagem e medição só sejam feitas nas consultas de rotina.

Sono. Não tem fundamento o medo de que os bebés deitados de costas podem sufocar no caso de bolçarem. Em situações normais, o corpo humano está preparado para evitar estas situações. O medo levou muitos pais a deitarem os recém-nascidos de barriga para baixo, mas hoje é reprovável e perigoso. É mandatório deitar os bebés de barriga para cima, pelo menos, até aos seis meses. Depois, é o próprio bebé que escolhe a posição mais confortável. O sono solitário foi estimulado por se acreditar que promovia a autonomia, mas não está provado.

Morte súbita. 'Abafar' os bebés não é o perigo principal. A morte de crianças saudáveis por razões inexplicáveis continua a registar-se e estudos recentes têm evidenciado que é mais comum quando os pais são fumadores, em famílias monoparentais e quando o bebé é deitado de barriga para baixo.

Choro. As lágrimas são mais do que fome ou fralda molhada. Descobriu-se que os bebés são muito sensíveis a estímulos e também precisam de aliviar a tensão. Ou seja, às vezes basta deixar chorar um bocadinho para perceber a mensagem.

Banho. Esperar pela digestão para dar banho é um mito. A água utilizada está morna e não existe choque térmico, responsável pela congestão. Além disso, o leite é de fácil digestão. O banho deve ser um prazer e a regra é 'água quanto baste e pouco produto de limpeza', sobretudo com glicerina, porque seca e irrita a pele em demasia.

Pele. Pó de talco fora da lista. A limpeza exagerada é inimiga da pele e um banho seguido de uma loção hidratante é suficiente. Na zona da fralda é necessária parcimónia no uso de toalhetes, pois limpam a sujidade, mas também podem arrastar a camada superficial da pele. Quando a fralda só está molhada e não existe irritação não é necessário usar creme ou pastas sob risco de provocar uma sensibilização excessiva. E o pó de talco está fora de moda porque as partículas podem ser inaladas pelo bebé.

Fralda. O uso precoce do bacio está fora de questão. Os pediatras estão a recuperar a tradição de retirar a fralda só aos dois anos porque o controlo precoce do esfíncter pode, afinal, trazer problemas.

Botas ortopédicas. Não vale a pena olhar para os pés antes dos dois anos. A ortopedia moderna respeita as regras de crescimento do pé e da marcha das crianças e qualquer calçado que faça alguma contenção interfere com a evolução normal. É ponto assente que é o exercício e não o calçado ortopédico ou formativo que cumpre a missão fisiológica. Sempre que possível, as crianças devem andar descalças e usar sapatos que protejam apenas o tornozelo e o calcanhar.

Creche. A socialização, afinal, só começa aos três anos. Na sociedade actual mães e avós trabalham e os bebés vão para a creche cada vez mais cedo. Contudo, a maioria dos pediatras regressou ao passado para recomendar os cuidados dos avós até aos três anos. Argumentam que os ganhos de afecto compensam.

Febre. A temperatura não é doença. A maioria das crianças faz quatro dias de febre e não é preciso baixar a temperatura de imediato como querem os pais dos nossos dias. Os médicos alertam que a febre é muitas vezes é um mecanismo de defesa do organismo e que um sinal de serenidade é a criança continuar a brincar.

Tosse. Adeus ao xarope. Tossir é uma forma do corpo para eliminar secreções e melhorar a respiração. Trata-se de um sintoma e não de uma doença e nos primeiros anos de vida não são recomendados inibidores.

Aerossóis. São os grandes terapeutas do século XXI. Ajudam a respirar melhor, contudo, os médicos têm dúvidas sobre o que os próximos avanços podem revelar sobre a sua utilização.

Ginástica respiratória. Comum na década de 90 revelou-se desnecessária. Era usada para bronquiolites e hoje sabe-se que aumentam o cansaço e as dificuldades de respiração.

Remédios caseiros. Vivem-se tempos de medicação excessiva. As precauções sobre o uso de remédios estão na ordem do dia e a regra é recuperar remédios caseiros como o xarope de cenoura e os preparados com mel.

Vacinas. O calendário mudou. As crianças dos nossos dias são mais vacinadas - e dizem os pediatras, estão mais protegidas - e já não é preciso recomeçar do zero quando há atrasos muito grandes.

Flúor. As gotas outrora comuns foram trocadas pelos dentífricos. Actualmente, é promovida a lavagem cada vez mais precoce dos dentes, aliás, logo que a dentição aparece na vida do bebé.

Brinquedos. Quantos mais, pior. As crianças precisam de estimular a imaginação e para isso não podem ter muitos brinquedos para poderem explorá-los ao máximo, dando-lhe várias utilizações. Os pais devem guardar os presentes, optando pela distribuição ao longo do ano.

Animais. Os eternos amigos estão de volta. Após várias teorias sobre o risco acrescido de alergias, cães, gatos, pássaros e outros animais são desejáveis para o desenvolvimento da criança.

Desporto. O cloro não faz alergia. A prática desportiva é defendida para o desenvolvimento psicomotor e a natação volta a liderar as preferências. A qualidade da água das piscinas melhorou e os bebés podem nadar a partir do sexto mês de vida. Só é preciso limpar o cloro com um banho abundante e dar bastante água para minimizar a sua presença no estômago.

Regras. O ónus dos pais sobre a personalidade dos filhos está mitigado. Passou a ser admitido que há crianças difíceis que complicam a vida das famílias e que as regras são, por isso, indispensáveis. A negociação deve existir, mas sem rendição, em especial, dos pais.

FUNDAMENTOS
Teses de médicos portugueses

As orientações da pediatria moderna são conhecidas em Portugal e estão adoptadas por muitos especialistas. O Expresso ouviu alguns pediatras com trabalhos publicados nesta área e com funções em hospitais públicos de referência. Entre eles, o chefe do Serviço de Pediatria do Hospital de Cascais, Luís Pinheiro; o presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, Anselmo da Costa; o neonatologista do Hospital de Santa Maria, António Simões de Azevedo; o presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, Luís Januário, e o director da Pediatria Médica do Hospital de Dona Estefânia, Gonçalo Cordeiro Ferreira.

Texto publicado na edição do Expresso de 06 de Dezembro

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Já ca canta um

É oficial, já está a espreitar o primeiro dentinho do Pedro!!