
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Gravidas na Discoteca!!

sexta-feira, fevereiro 15, 2008
A Taxa de Cesariana

"É do conhecimento público que a forma de encarar a cesariana, evoluiu significativamente nos últimos vinte anos"… É assim que começa o prefácio do livro "A Cesariana" de Michel Odent, escrito pelo Prof. Jorge Branco.Mas será que é do conhecimento público os riscos.versus.benefícios desta forma cirúrgica de nascer?
Será que existe no público, um sentido de reflexão sobre este assunto?Até que ponto o público conhece os factos, tem interesse em saber e participar numa decisão responsável e consciente sobre esta temática?
Seguramente, não são públicas as taxas de cesariana de todos os hospitais portugueses: públicos e privados...
Também não são públicos os critérios que definem a tomada de decisão para um nascimento por cesariana, nem os procedimentos de atendimento ao trabalho de parto e o parto, que possam ajudar a evitar o desfecho em uma cesariana.
Pública é sem dúvida a ideia que se tem vindo a generalizar, de que nascer por meio de uma cesariana, é…NORMAL!!!! Temos assistido a um crescente aumento das taxas deste procedimento cirúrgico desde os anos 80 , com uma passividade e naturalidade, tanto por parte dos profissionais de saúde, como por parte das grávidas e suas famílias, de uma forma inconcebível, numa sociedade desenvolvida e supostamente civilizada…
Se bem que seja um fenómeno característico da sociedade ocidental e países desenvolvidos, como se explica que em 2006, a taxa de cesarianas tenha sido de:
- de 22 % em Espanha
- de 23 % no Reino Unido
- de 19.6 % em França
- superior a 30 % em Portugal nos hospitais públicos
- superior a 65 % em Portugal nos hospitais privados,
quando se recomenda que essa taxa:
- se situe entre 10 a 15%,pela Organização Mundial de Saúde
- seja inferior a 30 % , segundo o Ministério da Saúde Português !!??
E porquê preocuparmo-nos com estes dados?
Simplesmente porque há riscos acrescidos numa cesariana, muito importantes para a saúde da Mãe, do bebé, e em futuras gravidezes, que não podem ser desvalorizadas, ocultadas ou ignoradas…
Os riscos de uma cesariana quando comparada com um parto vaginal, são os seguintes:
Riscos para a Mãe:
- morte materna: 5-7 vezes superior
- internamento em cuidados intensivos: 2 vezes superior
- hemorragias importantes: 6 a 8 vezes superior
- maior tempo de internamento
- necessidade de voltar a ser internada: duas vezes superior
- infecção e tomada de antibióticos: risco alto*
- dor: risco muito alto*, para dor prolongada nos dias e semanas seguintes ao parto
- complicações pós-operatórias: 1-5 % dos casos de cesariana
- experiência negativa de nascimento: risco muito alto*. Alta probabilidade de não ter acompanhante no nascimento do filho, nem suporte emocional, nem sentir qualquer domínio sobre a situação
- menor contacto imediato com o bebé, não poder vê-lo ou pegá-lo: risco muito alto*
Riscos para o bebé:
- risco de morte: 1.77 por cada 1000 recém-nascidos, contra 0.62 por cada 1.000 recém-nascidos por via vaginal
- corte cirúrgico acidental: risco alto*
- problemas respiratórios: risco moderado a alto* (antes das 39 semanas)
- possibilidade de não ser amamentado: risco alto a muito alto*
- possibilidade de desenvolver asma em criança e / ou adulto: risco alto*
Riscos para a Mãe, em futuras gravidezes:
- aumento da infertilidade: risco alto a muito alto*
- fertilidade reduzida por opção da Mãe: risco alto*
- aumento de gravidez ectópica: risco moderado*
- aumento de problemas com a placenta (acreta, abrupta ou prévia): risco moderado*
- ruptura uterina: risco moderado*
Riscos para o bebé, em futuras gravidezes:
- morte antes do termo da gravidez: risco moderado*
*Classificação do risco (segundo estudos compilados no artigo "What every women needs to know about Cesarean Section" retirado do http://www.chilbirthconnection.org/):
Risco muito alto: 1.000-10.000 em cada 10.000 mães ou bebés
Risco alto: 100-999 em cada 10.000 mães ou bebés
Risco moderado: 10-99 em cada 10.000 mães ou bebés
Poderá o motivo de orgulho nacional: as baixas taxas de mortalidade e/ou morbilidade materna e infantil, justificar e validar a prática desta cirurgia obstétrica?
NÃO!!! Simplesmente pela análise de riscos já descriminada, que inevitavelmente irão fazer subir as ditas taxas, pelas quais tanto lutámos ao longo destas décadas!
O valor recomendado pela O.M.S. é precisamente encontrado, fazendo um rigoroso estudo do balanço risco-benefício, do nascimento cirúrgico, sendo apoiado por diversos estudos de outras entidades (ex.Althade and Belizán,2006**)
Será possível reduzir as taxas de cesariana?
CLARO QUE SIM!! Até quanto, é que é mais difícil saber, bem como quem está verdadeiramente interessado em fazer um esforço por isso…
O Plano Nacional de Saúde (lançado em 2004), estipula que até 2010, a taxa nacional seja reduzida para 20%.
A Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em Lisboa, conseguiu reduzir de 34 % em 2006, para 29.8% no 1ºsemestre de 2007¹, tendo implementado algumas estratégias para tentar reduzir mais esta taxa.
O Hospital de S. João, no Porto, pretende chegar aos 25 %*** (conseguiu reduzir em 10%, esta taxa, de 2001 para 2002, e agora pretende reduzir mais 2.2%).
Lamentavelmente, o Presidente do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos e Director de Serviço de Obstetrícia do Hospital de Sta. Maria, Prof. Luis Graça, não acha "excessivamente importante a preocupação pela baixa “forçada” do número de cesarianas"*** e acredita que é possível baixar 2 a 3 %, o que situaria a nossa taxa nacional na ordem dos 30%...
O que será necessário para baixar as taxas de cesariana?
- divulgação dos riscos versus benefícios, baseados em estudos científicos publicados, a todos os profissionais de saúde
- divulgação dos referidos riscos versus benefícios a toda a população, em especial às grávidas de uma forma esclarecedora
- existência de um consentimento informado, compreendido e assinado pela grávida, quando se efectue este procedimento cirúrgico (de forma não emergente).
- um acompanhamento da gravidez de baixo risco por parte dos profissionais de saúde, que promova com segurança e clareza, a via vaginal como primeira opção de parto
- sistemas de controlo e auditoria interna nos hospitais (públicos e privados), que possibilitem que cada cirurgia seja discutida em equipa, chegando à conclusão clara de quais os critérios que justificam a cirurgia
- uma mudança na forma como se encara o parto, ao nível do estudo da medicina, para que este volte a ser vivido como um processo fisiológico e não patológico.
E para quê?
- claro benefício para a saúde da Mãe e do bebé
- claro benefício em gravidezes posteriores
- melhoria na experiência de nascimento para a maioria das mulheres
- melhoria na taxa de sucesso de amamentação e do primeiro contacto Mãe-bébé
- diminuição drástica dos custos associados ao procedimento cirúrgico, e pós-operatório
- diminuição de todos os custos que advêm das possíveis complicação e riscos anteriormente descritos, para o sistema de saúde, e para as Mães/Famílias (internamento mais prolongado, cuidados intensivos, intervenções adicionais, medicação a curto e/ou médio-longo prazo, leite artificial, etc).
Num país com tanta dificuldade em gerir os seus recursos de assistência médica, com baixíssimas taxas de sucesso na amamentação e com graves dificuldades financeiras, esta situação dá que pensar…
Vale a pena proporcionarmos um melhor começo de vida aos nosso filhos e à nossa sociedade, com mais saúde para as mulheres e para as crianças!
Marta Cruz
Vogal da Direcção
HumPar
Fontes utilizadas neste documento:
http://www.childbirthconnecting.org/
http://www.maternitywise.org/
"A Cesariana:operação de salvamento ou industria do nascimento", de Michel Odent, Miosótis, Setembro de 2005
***"Pais & Filhos", edição de Novembro de 2007, artigo: 'Menos cesarianas, mais qualidade',texto de MªJoão Amorim,pág-44-46
"Pais & Filhos", edição de Janeiro de 2006, artigo: "Sai uma cesariana!", texto de Mª João Amorim, pág.13-16
** Althabe F.,Belizán JF,Caeserean section:The paradox.The Lancet 2006:368:1472-3
Retirado de Artigos Humpar
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
30 Semanas
Não tenho fotos minhas mês a mês, não bordei nada para o enxoval do meu filho, não vivo obcecada por sintomas imaginários, sei lá que mais ...

Acho que uma foto para representar a gravidez é o suficiente, esta tirada ontem durante a tarde pelo pai babado chega, a barriga não está pequena nem grande demais e numa altura de transição as quase 30 semanas :)
Ainda aqui está e já sinto saudades de me sentir uma autêntica máquina de lavar roupa, foi assim que me senti durante a 25ª e 26ª semana, agora os movimentos são menos e bem mais calmos... já nem me acordam.
Comecei as aulas de preparação para o parto no HSJ... sinto-me completamente deslocada, a enfermeira não perde oportunidade para gozar com a nova ala do hospital para parto natural, com as mães que decidem não se entupir e não entupir os filhos de drogas que Estudos Médicos já provaram ser prejudicial e a Organização Mundial de Saúde recomenda a não utilização, isto sem contar com algumas pérolas lindas como "Se não fizerem como eu estou a dizer depois os bebés têm de ser extraídos a fórceps e ventosas...", bem sem comentários.
No próximo sábado tenho mais uma consulta com a parteira, vou poder ouvir o coraçãozinho do meu filhote mais uma vez, estranho como se tem saudades de um som... de algo que se passa tão perto de mim.
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
Finalmente em Portugal!!!
O Hospital de São João, no Porto, disponibiliza às grávidas, a partir de sexta-feira, um bloco para partos naturais onde algumas «velhas práticas» foram abolidas e se dá tempo ao tempo para nascer
Os partos induzidos, as anestesias, as tricotomias (rapagem dos pêlos púbicos) e os clisteres estão excluídos do novo bloco, pensado para as grávidas sem pressa, que ali vão poder recorrer à hidroterapia, à música e a exercícios de relaxamento para darem à luz tranquilamente.
Na nova estrutura, a grávida pode escolher a posição que lhe é mais conveniente para dar à luz e praticar exercícios com a bola e a corda de parto.
«A bola permite que a mulher se sente sobre ela e oscile, relaxando a zona pélvica, e a corda, suspensa num ponto alto da sala de partos, pode ser usada para fazer força», explicou Diogo Ayres de Campos, médico responsável pelo bloco de partos.
A episiotomia (corte do períneo, uma área muscular localizada entre a vagina e o ânus, para facilitar a expulsão do bebé) «só será realizada nos casos em que for realmente necessária», sublinhou ainda Diogo Campos, que se congratulou por a taxa desta intervenção no Hospital «ser actualmente de 54 por cento, quando era de 87 por cento há três anos».
«O soro, que costuma ser colocado à grávida assim que esta entra no hospital, também deixa de ser rotina, e a futura mãe vai poder circular num ambiente familiar, sem a presença de estranhos, além de ter à sua disposição chuveiro e banheira com hidromassagem», contou o clínico do Hospital de São João.
Mas apesar de a água ser um recurso para o relaxamento e o amenizar das dores da grávida, o médico do São João exclui a possibilidade de os partos ocorrerem no meio aquático.
«Como são conhecidos casos de complicações em bebés que nasceram neste meio, só faremos partos na água quando houver indicações de que são pelo menos tão seguros como os realizados em ambiente normal», declarou Diogo Ayres de Campos, acrescentando que «o parto na água não é um parto natural».
«Parir na água não é um instinto ou uma tendência natural da mulher», sublinhou o responsável, segundo o qual «o trabalho de parto na água é pacífico, a expulsão do bebé é que é controversa».
A realização do parto fora do ambiente hospitalar também é encarada com renitência por Diogo Campos, segundo quem «em Portugal não existe uma estrutura montada para apoiar esse tipo de nascimento, ao contrário do que sucede em países como a Holanda», onde apenas as gravidezes de risco têm acompanhamento hospitalar.
Apesar de considerar que o país «não está preparado nem tem tradição de partos em casa», o médico reconhece que os enfermeiros obstetras (vulgo parteiros) «podem orientar os partos de baixo risco», devendo «dispor de mais autonomia», um aspecto que «está bem estipulado na lei europeia mas pouco claro na legislação nacional».
Diogo Ayres de Campos revelou-se ainda favorável à criação de casas ou centros de parto, uma vez que Portugal ainda não dispõe de nenhuma estrutura deste tipo.
Para o médico, os centros de parto representam «o equilíbrio ideal entre a casa e o hospital» e, «se são uma solução em muitos países europeus, não há razão para não resultarem em Portugal».
Lusa / SOL
Retirado daqui
quinta-feira, janeiro 31, 2008
Serviço Nacional de Saúde

O que falta ao nosso Serviço Nacional de Saúde não são médicos, mas sim um departamento de marketing e comunicação competente. Porque é óbvio de que o SNS precisa é de um patrocinador. Por motivos orçamentais é preciso encerrar uma urgência? Vamos falar com a CGD e ela patrocina a urgência. É preciso fechar uma maternidade? Vamos falar com a PT para patrocinar a maternidade. Estes patrocínios não só evitavam os encerramentos como davam notoriedade às marcas em causa. Poderiam mesmo fazer negócio. Um utente da urgência poderia transferir o crédito à habitação enquanto aguardava. Um recém nascido poderia receber um telemóvel com 10€ em chamadas e 5 mms grátis para se apresentar aos familiares e amigos…
Mas a estas empresas já será difícil arranjar dinheiro para patrocinar uma solução deste género. É porque grande parte dos orçamentos de marketing destas empresas estatais já está canalizado para clubes de futebol, festivais de Verão…
Por falar em futebol, o ideal seria arranjar um patrocinador global, com faz a Liga de Clubes. O mesmo patrocinador então assentava que nem uma luva. A BWIN, não só evitava o encerramento dos serviços como poderia tornar o tempo de espera muito mais interessante. À entrada dos serviços e em vez de senha, seria distribuído um cartão tipo bingo. Os números iam aparecendo aleatoriamente no monitor e o primeiro a completar era o primeiro a ser atendido. Os casos mais urgentes tinham um cartão com 15 números e os menos urgentes com 30. O primeiro a fazer “linha” tem direito a um “Kit de brindes” de uma empresa farmacêutica. Kit esse que incluiria um despertador que afia facas de sushi, tira borbotos de camisolas e apara pelos do nariz (tudo isto só num objecto, também disponível para canhotos).
O problema das listas de espera para operações era resolvido com a aplicação de um jogo tipo roleta. Quando o doente se inscrevesse no hospital para ser operado era lhe dado uma ficha para jogar na “roleta da cirurgia”. Até ao dia 15 de cada mês o doente teria que fazer a sua aposta, se apostar no número certo é logo operado. Se não ganhar, no mês seguinte é lhe dado o dobro das fichas do mês anterior, ficando assim com mais hipóteses de acertar. O sorteio do número seria feito em parceria com a SIC num programa mensal apresentado Fátima Lopes. O vencedor iria ao programa antes e depois da operação e o pato Donalti faria o relato em directo da cirurgia. Momento histórico da SIC em que o ventríloquo não seria visto a mexer os lábios durante a sua arte, pois tinha a boca coberta pela máscara que habitualmente é usada por quem assiste às operações.
O problema de comunicação entre instituições aquando de uma urgência também era resolvido de uma forma simples: INEM e os BV decidam online , jogando uma mão de Blackjack, quem era responsável pela urgência. Quem fizesse 21 tinha direito a não fazer dois pedidos consecutivos.
O Ministro da Saúde era escolhido em Conselho de Ministros através de um jogo de sritp poker. O primeiro que ficasse com menos roupa e não espirrasse estava apto para o cargo.
Simples não é?
Não sei de quem é a autoria...
quarta-feira, janeiro 30, 2008
Este tem menos graça

"Este tem menos graça"
PORTO
Café-Teatro do Teatro do Campo Alegre
14 a 16 de Fevereiro de 2008 às 22:00
Bilheteira: 22 606 30 00 (Fechada às 2ªs)
ATENÇÃO:
Os bilhetes para este espectáculo serão colocados à venda no dia 1 de Fevereiro às 14:00
Eu vou!
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Posições
Apesar de sentir alguma azia com frequência prefiro os pontapés cá em cima do que lá em baixo.
Hoje esteve mais mexido durante o dia o resultado foi evidente… virou-se novamente, agora de cabeça para cima e pés bem enfiados na minha bexiga e noutros sítios igualmente desagradáveis.
Começava a habituar-me aos pontapés junto ao estômago, sentia-os eu, o pai e via-se a minha barriga aos pinotitos… agora só o sinto por dentro.
Vou tentar mais logo antes de dormir ter uma conversa com ele a ver se o convenço a virar-se novamente, não custa nada tentar.
Descobri que há uma barrinha minha no blog Barrinhas :)
quarta-feira, janeiro 09, 2008
Direito à escolha
http://www.locaispermitidofumar.blogspot.com/
Felizmente agora tenho direito à escolha!!! Aqui é proibido fumar!
segunda-feira, janeiro 07, 2008
25 Semanas
Esta noite fez questão de não me deixar dormir, mesmo antes, enquanto estive sentada no sofá fez a sua sessão de treinos de STEP, já na cama continuou com uma série de Tai-chi.
A meio da noite toma lá mais uns biqueiros que se eu estou acordado tu também estás...
EU QUE TE APANHE CÁ FORA QUE TU VAIS VER!!!!
segunda-feira, dezembro 31, 2007
Se o Menino Jesus tivesse nascido hoje (e em Portugal)
Sente uma mistura imensa de estímulos, de sentimentos (medo, expectativa, perplexidade, fragilidade), sente a "asfixia do ar" (de quem passou nove meses em meio hídrico, de densidade grande, e de repente passa para um meio aéreo), sente a necessidade da presença dos pais, seus autores e progenitores, sente fome (e portanto vontade de mamar no peito da mãe), sente a necessidade de ser aquecido, mas nos braços da mãe e não debaixo de uma "chocadeira de pintos". Sente-se humano, a um tempo vencedor e frágil.
O Menino Jesus teve um parto mais "ecológico" do que as crianças que nascem no século XXI: sem holofotes, luzes fortes, tubos... Devemos fazer uso das novas tecnologias, mas criar ambientes mais humanizados?
Os nascimentos precisam de um parto. E o parto tem que prever todas as alternativas, mesmo as piores. Daí a necessidade de um meio hospitalar, com a respectiva tecnologia. Mas atenção: apenas para ser usada quando necessário, e não por "default". Aquela história, por exemplo, de "roubarem" os bebés dos pais para os "irem aquecer" é uma arrogância intolerável.
S. José assistiu ao parto! Hoje os pais já podem assistir, ou continuam a ser "empurrados" para fora da sala da maternidade?
Em muitos hospitais privados há mesmo uma política de "pai não entra" quando de uma cesariana com epidural. Se pensarmos que estas são mais de dois terços dos partos nesses meios... Ora o nascimento é o culminar de um projecto que é do pai e da mãe. Logo, estar presente no parto (não é "assistir"...) é um direito. Os profissionais não podem expulsar os pais. É imoral!
Jesus sobreviveu, mas no seu tempo, e até à muito pouco, e estamos a falar nos países ocidentais, a taxa de mortalidade infantil era elevadíssima. Qual é a esperança dos meninos Jesus que nascem hoje, em Portugal (ou em Badajoz)?
Desde 1989 que Portugal tem uma rede invejável de cuidados ao período perinatal, que inclui o parto. Somos campeões, nesse domínio, tendo partido de uma situação aflitiva. Quando o poder político é inteligente, o grupo de técnicos é bom e eficiente, e as coisas se fazem com cabeça, tronco e membros, e com os orçamentos necessários, ganha-se, e ganha-se muito. Cito Albino Aroso, Leonor Beleza, Torrado da Silva, Octávio Cunha, Maria de Belém e tantos outros. A eles se deve.
O Menino foi visitado por anjos, pastores, ovelhas, burros e vacas... Estamos a rodear os bebés de assepsia a mais? Há agora muitos pediatras a recomendar que não se leve o bebé à rua durante o primeiro mês...
Há um tempo de presépio e um de apresentação no Templo. As visitas sociais são um fenómeno recente, urbano e a evitar. Quanto aos passeios, devem ser logo que os pais queiram. Os bebés têm memórias antropológicas do meio exterior natural. Sentem-se bem é fora. E o frio não é impedimento. Em Portugal somos ainda muito tímidos nessas coisas. E alguns profissionais dizem coisas verdadeiramente tontas, como essa de não poder passear no primeiro mês - claro que se for num centro comercial é outra coisa, mas também não é passeio...
Já li textos seus em que diz que as "visitas" devem ser postas a milhas nos primeiros tempos...
Corridas com um rotweiller atrás. O momento é de intimidade, comunhão, contemplação, solidão até, compreensão do fenómeno, sonho e paixão. Não se consegue este registo com uma alcateia à volta. Visitas: xô!
Um bebé ouve, cheira e vê? Vê a que distância?
Vem equipado com todos os sentidos, embora veja a preto e branco até cerca dos 4 meses de idade. A questão de ver está ligada à necessidade de analisar pormenorizadamente o que não conhece - e cansa-se. É a imagem em espelho que permite compreender. Se olha para uma árvore ou uma nuvem, ela é imediatamente entendida porque está na memória genética do bebé. Um computador ou um livro já é mais difícil...
Porque é que nos quiseram convencer, por exemplo, que não reconhece a mãe durante muito tempo?
Não é verdade, e as razões por que isso era dito passavam, quanto a mim, pela ignorância, pela mania de que os médicos sabiam tudo (e quando não sabiam, inventavam), pela arrogância e pela vontade de diminuir o interlocutor, e pelo desejo de pretender que só os cérebros iluminados dos senhores doutores compreendiam o bebé e vice-versa. Os bebés reconhecem a mãe, o pai e os irmãos desde antes do nascimento. Que isso fique claro!
Para as crianças o Natal é o "grande dia", o segundo, logo a seguir à sua festa de anos - como gerir as expectativas de um filho com menos de dez anos
Se a avalancha de brinquedos e o novo-riquismo exibicionista são grandes, então perde-se o significado simbólico do que é o Natal: oferecer, partilhar, estar. Um presente significa: neste momento, pensei em ti, tentei agradar-te, gastei tempo e dinheiro para que, quando utilizares esse objecto, te lembres de mim e da nossa amizade. No fundo é dizer: «gosto de ti. Sabia que sabias, mas quero dizer-te, através desse símbolo.» É por isso que cada presente deve ser aberto à frente de quem o ofereceu, vendo a reacção e com tempo.
Os reis magos trouxeram mirra, incenso e ouro, os pastores quanto muito um queijinho. Os pais têm medo de perder o amor dos filhos, se não lhes puderem dar tudo o que passa nos anúncios da televisão?
Sentem-se pressionados e têm medo que os filhos gostem menos deles, se o presente for inferior ao do tio ou ao dos avós. A pressão externa, que passa pela publicidade, é mais um factor. Mas a questão é se queremos ser nós a nortear a nossa família (mãe, pai e filhos) ou se queremos que sejam outros, diminuindo o nosso papel. Se queremos ser o Norte, então temos que agir como tal.
Aquela frase: «há meninos que não têm o que tu tens», com que tentamos calar-lhes as birras, bem com o hábito de recolher os seus brinquedos antigos para os dar aos "meninos que não têm Natal" são formas genuínas de ensinar a solidariedade ou pensos rápidos, sem qualquer efeito?
Mais do que atirar para cima de uma criança uma culpa que pertence aos adultos e à forma por vezes iníqua com que organizam a sociedade e distribuem os bens, ou como valorizam os bens materiais e diminuem os sociais e espirituais, deve é dizer-se que desperdício é errado e que o excesso atrapalha e não faz ninguém feliz. Mais do que dar, é partilhar. Por razões sociais fortes, e não por um espírito paternalista, é preciso pensar nos "meninos que não têm". Mas ressalvando sempre que "não têm" coisas, mas têm dignidade.
Há pais com medo de falar no Pai Natal, por acreditarem que o filho um dia lhes vai chamar mentirosos. Mas sempre soubemos distinguir a magia da realidade - as crianças de hoje, com playstations e jogos de computador - ainda mais? E além do mais quem é que garante que o Pai Natal não existe.
Matem os sonhos, as fantasias, o Pai Natal, a fada dos dentes e tudo o mais, em prol do politicamente correcto ou da necessidade de entrar no "mundo dos adultos" e estarão a fabricar verdadeiros monstros. Uma criança sabe que o Pai Natal que aparece lá no dia 24 tem as meias do avô ou os sapatos do tio, os quais por acaso até se ausentaram naquele momento. E depois? O faz-de-conta é uma das vertentes mais importantes do jogo simbólico e da actividade lúdica! Bom Natal, com sonhos, esperança e amor. Muito, e sem inibições de expressão!
Por: Pediatra Mário Cordeiro
Retirado daqui - http://www.destak.pt/artigos.php?art=6711
terça-feira, dezembro 25, 2007
Prendinha Especial
Agora que os movimentos já se sentem no exterior começa a ser mais real toda esta experiência mágica.

domingo, dezembro 16, 2007
Parabéns Joana!!
terça-feira, dezembro 11, 2007
quinta-feira, dezembro 06, 2007
Lei Laboral vs. Gravidez
“As trabalhadoras grávidas têm direito a dispensa de trabalho para se deslocarem a consultas pré-natais pelo tempo e número de vezes necessários e justificados. (…)
O direito à dispensa do trabalho efectiva-se sem perda de remuneração e de quaisquer regalias.”
Custa-me é saber que as empresas de trabalho temporário são das mais bem informadas sobre Legislação Laboral, e esta faz-me uma cena destas… dá vontade de pensar que é de propósito. Já quando foi da primeira consulta, apesar de ser consulta de especialidade Obstetrícia, argumentaram que eu poderia ter ido à consulta por outro qualquer motivo… eu é que ainda não descobri que motivos mais existem que possam levar uma mulher a ir a uma consulta de obstetrícia, mas eles devem ter imensos, por isso pediram-me uma declaração médica que justificasse a minha gravidez.
Seja como for mandei-lhes um e-mail a reclamar, pode não ser muito dinheiro mas faz-me imensa falta.
segunda-feira, dezembro 03, 2007
Meio caminho andado
Tive hoje mais uma consulta, tensão arterial excelente, analises sem nada a apontar, medidas boas.... mas engordei 5Kg em vez de 1Kg, sou uma menina muito má!!!
Em casa já ganhei a alcunha de Popota... mas a médica pode meter as análises à glicose que me mandou fazer naquele sitio onde não brilha o sol!!!

Estava a comer algumas coisas que não devia... ou de maneira errada, fruta é bom mas não é aos quilos, diospiros um por semana é bom, dois por dia é muito mau. Felizmente já acabaram e agora estão a vir as laranjas!!! Comer fruta moderadamente de preferencia no final das refeições, se comer fruta durante o dia comer igualmente uma ou duas bolachas de agua e sal para cortar a absorção do açucar.
Como não sou grande adepta de pão nem de doces à partida a coisa vai estar controlada, o regresso ao ginásio também é uma excelente ideia, não sei é se tenho dinheiro que chegue para tudo. O Natal não é ameaça já que a canela estraga tudo aquilo que sem ela poderia ser comestivel... pois, eu e a canela não combinamos.
Bem, antes do final do ano tenho consulta com a minha parteira e no inicio do ano analises para a Obstetra, até lá convém manter o peso numa base saudável, isto não é igual a emagrecer, é igual a comer com consciencia.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Fionda livre... mas só do gesso
Lá anda sem gesso mas nada de saltos, pinotes e muito menos correrias, a minha mãe desdobra-se em cuidados para a controlar a ela e ao meu pai, às vezes ele é pior que ela.
Aqueles dois é uma paixão que até dá dor de cotovelo, ela parece sombra dele mas em contra partida a hierarquia não é muito bem cumprida, o meu pai continua a fazer-lhe as vontadinhas todas e ela abusa...
Amanha está de volta a casa para ser eu a enche-la de mimos, ainda não entendo como uma bicharoca irrequieta pode deixar tantas saudades.
terça-feira, novembro 13, 2007
Travian
sábado, novembro 10, 2007
Já tenho idade para ter juízo
Felizmente juizo é coisa que ele não tem e foi paródia pegada do inicio ao fim do espetáculo, mais uma vez: "Pedro, rapaz... continua assim que estás a ir bem".
Eu e o marido, os dois da primeira a fila a contar da esquerda (sim, sei que é um risco ficar na primeira fila... mas ali no canto já é mais seguro)
Calendário de espetáculos
PS - Foto da autoria de Pedro Tochas.
sexta-feira, novembro 09, 2007
IRC Meeting
Foi muito bom rever aquela gente, os parabéns à Sarah pela organização, se não fosse ela este jantar não tinha acontecido! A barbarela continua linda e sepre de conversa animada, o Kawa está sempre na mesma, ao Imagine muitos parabéns pela imensa motivação no novo curso (alguns na tua diade estão-se borrifando) e o Ratao ainda mais na mesma que o Kawa.
Fotos não tirei mas houve quem tirasse, para já fica só a publicidade ao site do Kawa onde, espero eu, ele ponha algumas fotos online - FotoGrafismo.com -
domingo, novembro 04, 2007
Dedo partido
Corre-se para o veterinário, RX... 15 dias de gesso.
Vai-lhe custar imenso, é uma cachorra extremamente activa e cheia de energia, para dar e vender, sentir-se limitada não vai ser nada fácil. Nem tenta lember o gesso
Obviamente continua a mostrar-se muito alegre com as festas e mimos, quando chegamos a casa rodeia-nos de empurrões e lembidelas, nunca vi animal tão resistente à dor.
Queria mesmo era que estas duas semanas passem bem depressa!!!