sexta-feira, abril 11, 2008

Não tenho pressa

Todos os mamíferos têm um tempo de gestação, lembro-me bem do dia marcado no calendário da cozinha com uma rodela a vermelho a dizer “coelha”, era o dia em que a minha mãe tinha colocado o coelho com a coelha, a partir dali bastava contar os dias, aproximadamente 30, e sabia-se com alguma exactidão quando iríamos ter mais coelhitos. Na semana anterior já era ver a coelha a juntar pelo num dos cantos da casota para receber os novos habitantes. A minha Fionda, se algum dia tiver crias terá um tempo de gestação de aproximadamente 60 dias a contar do dia de fecundação (mais tempos de gestação).

O tempo de gestação de um humano é de 266 dias, porque é que me vou preocupar antes de os atingir? Ou aceitar o “descolar das membranas” às 38 semanas (254 dias)? Ou uma indução? Será que o meu filho não pode nascer quando estiver realmente pronto? Porque motivo serei eu diferente das outras espécies que habitam este nosso planeta e que passaram por tantos anos de evolução, tal como eu? Está a evolução errada?

Nunca me senti tão mulher, tão completa… sentir este bebé pequenino a mover-se dentro de mim, no lugar mais seguro que lhe vou conseguir dar. Sentir a força que os seus pezinhos minúsculos fazem na minha barriga, imaginar que movimentos ele estará a fazer com as mãos quando vejo o meu baixo-ventre a reclamar pela pressão suave. Esperar por ele é uma espera que não me custa nada, sempre fui muito impaciente, das que chega antes da hora e depois apanha uma seca descomunal porque toda a gente chega atrasado… e lá reclamava eu. Esperar que o meu filho nasça é um orgulho, respeitar a hora dele, respeitar o meu corpo que só nessa altura vai estar igualmente pronto para o ajudar a nascer, porque sei que é o melhor para o meu filho.

Meu filho, pelo amor que te tenho respeito-te! Tens aqui um pai e uma mãe que esperam curiosos por te conhecer melhor, já sabemos que não gostas de dormir para o lado direito, que tens fome de 2 em 2 horas e que acordas bem cedo, resta agora saber se tens cabelo liso como o teu irmão ou com caracóis como eu e o teu pai tínhamos quando éramos bebés, se vais ter olhos claros como a família do teu pai ou escuros como a minha família… mas quero que saibas que sejas lá como fores te amamos com aquele amor incondicional que só um pai e uma mãe tem pelo seu filho.

Nota final – As tias dizem que não te falam se fores benfiquista, mas com a família que tens… é pouco provável :)

quinta-feira, abril 10, 2008

Eco Fraldas


Depois de um telefonema para a Loja Mama Natura em Coimbra recebi este fabuloso e-mail com as informaçoes que me faltava. Já tenho algumas fraldas de pano (normais) e umas outras da marca Bambino Mio que me foram emprestada pela minha Doula:

"As fraldas Bambino Mio estão a ser cada vez mais recomendadas não só por quem se preocupa com o ambiente (Quercus,...), mas também por quem se preocupa com o bebé (maternidades, centros de preparação para o parto,...), tal como o pano porta-bebés. E, felizmente, as pessoas estão a aderir cada vez mais.
O que é certo é que as fraldas descartáveis normais demoram cerca de 500 anos a decompor-se e, entretanto, vamos enchendo o planeta de lixo e comprometendo o futuro dos nossos filhos... :(

As fraldas Bambino Mio funcionam assim:
Têm 1 "folhinha de papel", o revestimento, que impede o xixi de estar em contacto com o rabinho do bebé e que se pode deitar na sanita com os cocós (é biodegradável). O revestimento vende-se em rolos de 200 folhas e custa €12,60.
A fralda de algodão pré-dobrada tem uma zona de absorção reforçada e os pequenos canais que têm na sua estrutura de tecelagem fazem com que o xixi passe para trás, para junto da borracha da capa da fralda. A grande diferença entre estas fraldas de algodão e as fraldas de pano tradicionais é que estas não ensopam.

O revestimento troca-se a cada muda de fralda e a fralda de algodão também se muda sempre. A capa de fralda muda-se quando estiver suja (normalmente, a cada 4 ou 5 mudas de fralda).
Eu aconselho sempre as pessoas a porem a fralda debaixo da torneira assim que a tiram e passar com sabão azul e branco, antes de as colocarem no balde/bacia das fraldas - uma especie de pré-lavagem - e de 15 em 15 dias colocarem uma colherzinha de esterilizador para que as fraldas fiquem + branquinhas e esterilizadas.

Em termos de quantidades, a marca aconselha 2 starter packs. Eu tenho vendido 1starter pack+2 capas+1 pack de fraldas de algodão e as pessoas têm-se dado bem. É uma questão de as pessoas verem se preferem ter mais fraldas para estar mais à vontade ou se menos fraldas será suficiente.
O que não aconselho: a apostar muito no tamanho Recém-Nascido, a menos que se trate de um bebé muito abaixo dos 3,5Kgs. Normalmente, o Tamanho Pequeno das capas Bambino Mio ajusta-se perfeitamente, desde o nascimento até +/-aos 6 meses.

Investimento inicial:
2 starter packs P (ou 1 peq e 1 r/n) (24 fraldas de algodão e 6 capas) + revestimento = €192,60
1 starter pack + 1 pack fraldas de algodão Tam.1 + 2 Capas Brancas S (20 fraldas de algodão e 5 capas) + Revestimento = €161,50

A única coisa que é preciso ir comprando é o revestimento e

Aos 5/6 meses:
aconselho a comprar 3 capas tamanho M (€14,2x3), e 1 Pack de fraldas de algodão tamanho 2 (€30), porque eles começam a fazer muito xixi de cada vez.

Entretanto, convém começar a levar o bebé ao bacio, principalmente quando acorda e antes de dormir, para que ele comece a ter uma rotina.

Por volta dos 12 meses:
aconselho a comprar 3 capas tamanho L (€14,20x3).

Um dia destes a mãe de um bebé de 3 meses veio comprar o 5º rolo de revestimento e disse-me que, se usasse fraldas descartáveis, já teria gasto 800, em apenas 3 meses!

Em termos logísticos, convém ter 1 balde/bacia na casa de banho, uma bolsa para as fraldas lavadas e uma outra, impermeável, para ter na mochila e pôr as fraldas usadas. 1x por dia, faz-se uma máquina de roupa, que pode ser a baixas temperaturas, uma vez que existe o esterilizador. É simples!

Quando um bebé nasce, gasta cerca de 8 fraldas por dia, o que dá 240 fraldas num mês. Em 6 meses, dá 1440 fraldas.
Aos 6 meses já gastam menos fraldas. Se considerarmos 4 fraldas por dia, dá 720 fraldas dos 6 aos 12 meses. Do 1º ao 2º ano, se considerarmos 2 fraldas por dia, dá mais 720 fraldas. Em 2 anos: 2280 fraldas (normalmente acaba por se gastar ainda mais fraldas do que estas), 30 pacotes de fraldas descartáveis (com uma média de 75 fraldas cada).
Se cada pacote de fraldas custar €15, em 2 anos gasta-se €456.
É muito frequente as crianças usarem fraldas descartáveis até bem mais tarde...

Para além da questão económica, há sempre que ter em conta a questão ecológica e o facto de o rabinho do bebé não estar em contacto com todos os químicos utilizados nas fraldas descartáveis.

Em relação às creches: Já vai havendo bastante abertura da parte das creches e em princípio terá apenas que levar as fraldas lavadas e trazer ao fim do dia as fraldas para lavar, tal como acontece com a outra roupa, se o bebé a sujar.

Há alguns pais que preferem usar fraldas descartáveis nalgumas situações. Com o uso, os pais e o bebé vão vendo como se dão melhor.

Em relação às fraldas de pano (e ao pano porta-bebé), eu costumo dizer às pessoas que são investimentos a que se vai dar muito valor durante o seu longo tempo de utilização e têm a grande vantagem de poderem passar de um bebé para outro e aí, o investimento já está feito.

As fraldas tamanho 1 são utilizadas desde que nascem até que se deixe de usar fraldas, embora devam ser combinadas com as tamanho 2 a partir dos 5/6 meses - por exemplo, as tamanho 2 para a sesta e a noite.

No caso de querer experimentar, há sempre a hipótese do Trial Pack, que embora tenha apenas uma fralda de algodão e uma folha de revestimento e por isso não dê bem para ter ideia da "dinâmica" das fraldas de pano, dá para conhecer as fraldas e experimentá-las.

Se tiver alguma dúvida, basta perguntar... :)

Com os melhores cumprimentos,
Mama Natura"

Técnicas de Respiração? Qual Respiração?

Este artigo recebi-o via e-mail, newsletter da Barrigas & Bebés, faz tanto sentido...

“E a respiração? Não vamos aprender a respirar?” Esta é a questão à qual a maioria das mulheres pretende obter a resposta, sobretudo nos cursos e sessões de preparação para o nascimento, porque ainda há muitas mulheres que acreditam na necessidade de aprender a respirar para o trabalho de parto e parto (como se não o soubessem fazer naturalmente).

O Lamaze Institute, que divulgou amplamente esta técnica durante vários anos
(que conhecemos em Portugal por método psicoprofiláctico), vive actualmente uma época de pouca aceitação a nível internacional, exactamente pela imagem de uma preparação para o parto focalizada na respiração.

No entanto, no seu último guia The Official Lamaze Guide, fala-se mesmo de repensar a respiração e relaxamento. Neste guia, a mulher é convidada a encontrar a sua própria respiração consciente, e a procurar outras formas de se manter activa para lidar com as contracções: andar, dançar, massagens, bolas de parto, baloiçar, etc. Resumindo, respirar já não é o ensino ou a prática, do Lamaze Institute.

Todavia, em Portugal, o método Lamaze utilizado nas preparações para o parto continua a ser focalizado na respiração.

E, Infelizmente, nos Hospitais/Maternidades ainda ouvimos:
“Encha o peito de ar, feche a boca e agora faça FORÇA!”

Frase conhecida pela maioria das mulheres que já passou pela preparação para o parto pelo método psicoprofiláctico (ou por um parto vaginal ).

Este tipo de respiração tem tecnicamente o nome de Manobra de Valsalva.

O que dizem as evidências cientificas acerca da utilização desta manobra no parto?

· Recomendações da OMS:

“(...) O procedimento de fazer força na segunda fase do trabalho de parto
A prática de estimular o fazer força de forma prolongada e dirigida (manobra de Valsalva) durante a segunda fase do trabalho de parto é amplamente utilizada em muitas maternidade. A alternativa é apoiar o padrão espontâneo da mulher de fazer força. Vários estudos compararam estas duas práticas (Barnett e Humenick 1982, Knauth e Haloburdo 1986, Parnell e al 1993, Thomson 1993). A força involuntária resultou em três a cinco “forças” relativamente curtas (4-6 segundos) a cada contracção, comparando com forças continuas com 10-13 segundos de duração, acompanhadas por apneia forçada. O segundo método resulta numa segunda fase um pouco mais curta, mas pode causar alterações de frequência e de volume de fluxo cardíaco provocadas pela respiração. Se a mulher estiver deitada de costas, pode haver também compressão da aorta e redução do fluxo sanguíneo ao útero. Nos estudos publicados, o pH médio na artéria umbilical foi menor nos grupos com força prolongada, e havia uma tendência para depressão dos valores de Apgar. As evidências existentes são poucas, mas delas emerge um padrão onde o fazer força de forma prolongada e precoce resulta numa diminuição modesta da duração da segunda fase, mas isto não parece trazer nenhum benefício; parece haver comprometimento das trocas gasosas materno-fetal. A força espontânea curta parece ser melhor (Sleep et al 1989).
Em muitos países, é comum a prática de fazer pressão no fundo do útero durante o segundo estágio do trabalho de parto, com a intenção de acelerar o nascimento. Ás vezes isto é feito pouco antes do desprendimento, outras desde o início do período expulsivo. Além do aspecto do maior desconforto materno, suspeita-se que esta prática possa ser perigosa para o útero, períneo e feto, mas não existem dados de pesquisa sobre este assunto. A impressão é que, no mínimo é usado com muita frequência, sem que existam evidências da sua utilidade”.
(Care in normal birth: A practical guide. 1996, WHO)
· Estudo apresentado Em Janeiro de 2006 o Gray Journal (Jornal Americano de Obstetricia e Ginecologia)

“a diferença tem pouco impacto em todo o tempo do parto, cujos especialistas dizem que pode ir além das 14 horas em média, quando às mulheres foi dito para fazer força em cada contracção, deram à luz 13 minutos mais rápido que aquelas que não receberam qualquer tipo de instrução”. (Coaching women during childbirth has little impact, Dec 30, Reuters)

· A manobra de Valsalva foi ainda identificada como um dos factores de risco de trauma genital em partos vaginais espontâneos e normais, em mulheres primíparas assistidas por enfermeiras-parteiras, num estudo publicado no The Birth Journal em Junho de 2006. (Leah L. Albers CNM, DrPH, Kay D. Sedler CNM, MN, Edward J. Bedrick PhD, Dusty Teaf MA, Patricia Peralta (2006)
Factors Related to Genital Tract Trauma in Normal Spontaneous Vaginal Births Birth 33 (2), 94–100.)

Se experimentar encher o peito de ar, fechar a boca e fazer força, independentemente da posição em que estiver, consegue perceber que o efeito gerado é o contrário ao que o corpo necessita (o períneo é contraído em lugar de descontrair).

Então porque é que ainda se ensina a respirar para o parto, porque motivo as nossas maternidades ainda usam a manobra de Valsalva?

Ao escutar-se os sons e gemidos emitidos pelas mulheres livres durante a fase de expulsão do bebé, facilmente os confundimos com os sons de satisfação de uma relação sexual amorosa.
Quantas mulheres aceitariam ter aulas de preparação sexual em que lhe fosse ensinado como respirar e agir no momento de um orgasmo?

Nós, mulheres, temos de recuperar a confiança na nossa capacidade inata de parir, escutando os nossos instintos, em vez de esperar por ordens externas.
Aos profissionais compete actualizarem-se (e agirem) com base em evidências científicas, deixando o parto fluir naturalmente, no seu processo fisiológico.

O período expulsivo funciona fisiologicamente e não necessita de ser dirigido por técnicas respiratórias.


texto de Catarina Pardal
Professora de Pilates da Barrigas & Bebés e Doula

terça-feira, abril 08, 2008

Contagem decrescente

No site do Baby Boom estamos em 13º lugar:












No site do Baby Blog em 19º:

segunda-feira, abril 07, 2008

38 Semanas

Mais uma consulta rapidinha, tal como todas são... depois de 2 horas de seca na sala de espera. Não fui à aula de preparação para o parto porque ainda me chamavam e eu não ouvia, mas deu para ver quem ia saindo e eu continuava ali sentada.

Seja como for, está tudo bem com o potinho. Ainda está alto e o CTG nao mostrou contracções significativas. Normalmente sinto-as mais a partir do final da tarde, quando me deito elas "apertam" mas não o suficiente para me impedir de dormir.

Continua cheio de energia, teima em achar que a saída é logo abaixo das minhas costelas, mas com o tempo ele lá descobre o caminho correcto.

Uma sugestão de um site que gosto muito de ler:

"Giving birth is hard work but if you understand the process and go in to it well prepared, you don't have to be afraid. If you choose medication in the hospital, the most commonly accepted form of pain relief is narcotic (usually morphine derivatives) and epidural anesthesia (spinal puncture). Techniques for dealing with the discomfort of birth include hypnosis, relaxation, acupuncture, massage, herbs, homeopathic remedies, the loving attention of your partner or a birth support person called a doula."

Retirado do site 3DPregnancy

domingo, abril 06, 2008

Viva eu!


Melhor? Nao, nao podia ter tido melhor aniversário.

Com o meu potinho no forno, marido e restante familia do lado... que mais poderia eu querer?

Um agradecimento especial a todos os que, das mais variadas maneiras, me fizeram chegar mensagens cheias de mimo.

sábado, abril 05, 2008

Parabens Francisco

Sei que com todo este meu peso e dificuldade em fazer uma viagem grande sao mais do que desculpa suficiente para nao ter estado presente no teu Baptizado e festinha de Aniversário, mas acredita que durante todo o dia estiveste no meu coraçao... e estive também com uma dor de cotovelo tamanho monumental, sei muito bem como sao estes encontros de familia...

Baptizado Francisco

quarta-feira, abril 02, 2008

Mais uma patacuada

Isto realmente só em Portugal.

É da responsabilidade de cada um saber a que se é alérgico, é da responsabilidade das “marcas” fazerem constar nos seus produtos todos os materiais que os compõem, então porque motivo foi suspensa a venda da Depuralina?

Está bem explicito no rotulo dos vários frascos todos os componentes, tal como manda a lei!! Só mesmo em Portugal é que se suspende a venda de um produto porque 3 pessoas não fazem a mínima ideia do que se passa com o corpo delas, isto tendo em conta que estamos a falar de 3 adultos com idade mais do que suficiente para conhecerem o seu corpo e respectivo funcionamento. Uma vergonha!!!!

Não estou com isto a defender a toma da Depuralina ou os seus benefícios, pelo que me informei não vi na sua composição nada que fizesse mal à saúde de ninguém, contém compostos que podem ser encontrados em imensos outros produtos (mais conhecidos como suplementos alimentares), quer a sua origem seja química ou natural.
Não tem justificação é tamanha barracada, eu no lugar das pessoas “alérgicas” estava era caladinha e fazia de conta que não era nada comigo, ou ainda são acusadas de analfabetismo.

domingo, março 30, 2008

Parabéns Fiondita!





Muito obrigada por 3 anos de boa disposição, de companhia, brincadeiras, mimos e dedicação.

terça-feira, março 25, 2008

Quase de parabéns!!


Faz 3 anos no próximo dia 30. Uma cachorra linda, amigável, cheia de boa disposição e uma companhia insubstituível.

Quando fiquei grávida começaram a chover os comentários que a Fionda teria de passar para segundo plano, quem sabe até teria de me livrar dela para evitar doenças… assim, pérolas destas.
Como posso eu privar o meu filho da companhia de um amigo que já gosta dele mesmo antes de ele nascer?

A presença de um animal doméstico é benéfica e recomenda-se a uma criança, serve de estímulo e dá-lhe imunidade contra imensas alergias. Ainda há quem prefira comprar DVD’s para entreter o pimpolho, eu tenho a Fionda que de certeza será um entretenimento muito mais saudável.

A minha cachorra faz parte da família, uma família que está a crescer, onde todos têm o seu lugar, sempre!!

Doulas de Portugal


A Associação Doulas de Portugal vai estar presente na emissão da Praçada Alegria na RTP1, quinta-feira dia 27 de Março e será representadapelas Doulas Bárbara Yu, Cristina Silva e Rosa Maria.
O tema será a humanização do nascimento e o papel da Doula na assistência não médica na gravidez e no parto.

segunda-feira, março 24, 2008

36 Semanas

36 Weeks Pregnant

Estou oficialmente considerada incapaz. Com 11Kg a mais e somente 2,75Kg de bebé... vai ser lindo voltar ao que era antes.

O Pedro continua a mexer-se imenso apesar do espaço cada vez mais reduzido, os pedidos 10 movimentos por dia são atingidos antes das 2 da tarde e a festa continua durante o resto do dia e noite. A médica diz ter dificuldade em saber se o Pedro está de cabeça para baixo ou não sem ecografia e só por apalpação, engraçado que eu não tenho duvidas... Lá veio a conversa do ferro e mais uma receita, será que ela não entende que a minha quantidade de sangue duplicou e que são normais estes valores? Só significa que a minha placenta está a fazer o serviço dela na perfeição. Fiz recolha para saber se tenho Strepto B, se der positivo terei de tomar antibiotico durante o trabalho de parto, nada de especial.

Na quarta à tarde vou fazer uma visitinha às minhas antigas colegas de trabalho, estou cheia de saudades delas, de manha, tenho a visita à "Sala de Partos" no S. João... a vêr vamos, levo o meu Plano de Parto para re-ver com uma enfermeira, já que a minha médica não se mostrou com vontade.

segunda-feira, março 10, 2008

Depois da Festa

A Noite da Grávida foi muito boa!!!

As palestras interessantes e com conteúdo, bem... a da Dança do Ventre deu foi uma dor de cotovelo das grandes, nem "não-grávida" eu ia conseguir fazer aquilo.
A demonstração da ginástica Pilates pelo Solinca também foi fabulosa, da Crioestaminal ganhei um kit para recolha das celulas do cordão umbilical, por cá ficará para oferecer a alguém que lhe dê utilidade.
Como pretendo retardar o corte do cordão umbilical de forma a haver a maior passagem possível de sangue para o meu Pedro, assim a respiração fica mais facilitada e possíveis anemias durante o primeiro ano de vida reduzidas a quase 0%, com tudo isto fica inviabilizado a hipótese de se fazer recolha, já que tinha de se fazer o mais rapidamente possível após o nascimento.
Finalmente o meu pano está nas minhas mãos, já treinei montes de vezes o põe e tira... no papá, com a minha barrigona já não dá para treinar em mim.

sexta-feira, março 07, 2008

Ginastica Pilates na Gravidez


Porque motivo deve manter-se activa durante a gravidez? São várias as vantagens da actividade física durante a gravidez:

- Manutenção ou melhoria da condição física;
- Menor ganho de peso e adiposidade materna;
- Diminuição de complicações obstétricas;
- Menor risco de parto prematuro;
- Diminuição do risco de diabetes gestacional;
- Menor hospitalização e diminuição na incidência de cesariana;
- Melhoria da auto-estima e auto-imagem;
- Melhoria da sensação de bem-estar;
- Diminuição da sensação de isolamento social;
- Diminuição da ansiedade, do stress e do risco de depressão.

Pilates porquê?

Para além de ser uma actividade segura, sem impacto e de baixa intensidade, o Pilates proporciona uma série de benefícios, como:

- Aumenta a resistência física e mental;
- Alongamento e maior controlo corporal;
- Correcção postural;
- Aumento da flexibilidade, tónus e força muscular;
- Alívio das tensões, stress e dores crónicas;
- Melhoria da coordenação motora;
- Maior mobilidade das articulações;

Uma forma fácil de se manter activa é através da prática do método Pilates, que fortalece os músculos abdominais pélvicos e posturais que utilizará durante a gravidez e parto.
Os movimentos dinâmicos desafiam-na e ajudam-na a desenvolver a sua resistência muscular, flexibilidade e equilíbrio, enquanto a obriga a manter uma postura correcta durante todo o exercício, desenvolvendo todos os pequenos músculos ao longo da coluna vertebral, abdómen e o muito importante soalho pélvico que será recorrentemente solicitado durante o parto.
Existe um grande foco na postura, respiração e controlo durante a aula de Pilates, proporcionado exercícios de execução lenta, segura e consciente. São frequentes as dores e desconfortos na coluna, por parte das grávidas, sendo essencial o fortalecimento dos músculos posturais e o correcto alinhamento corporal, algo que irá sentir durante a prática de Pilates.

A prática de Pilates

A prática de Pilates por grávidas não apresenta contra-indicações, deverá evitar exercícios que impliquem a posição supina, pois normalmente está associada a uma falta de irrigação sanguínea ao feto por compressão da artéria aorta, bem como, deverá prestar atenção, em fases mais avançadas da gravidez, ao possível afastamento dos músculos abdominais (diástase abdominal). Se isso acontecer alerte o seu instrutor certificado para fazer exercícios isométricos e não concêntricos.

Durante a aula deverá preocupar-se em manter-se sempre hidratada e prestar atenção aos sinais de fadiga que poderão ocorrer, mantendo sempre o nível de intensidade numa zona confortável e facilmente tolerável.

Nas minhas aulas de pilates, sugiro posições para estar em trabalho de parto, posições alternativas para o período expulsivo e no final das aulas dedico algum tempo ao relaxamento, à meditaç]ao e à visualização do bebé.

Aulas de pilates especificas para grávidas saiba quando e inscreva-se porque, onde é já sabe: é na Barrigas & Bebés!

Traduzido e adaptado do manual de Instrutor Pilates Institut, por Catarina Pardal Professora de Pilates

Retirado da newsletter da Barrigas & Bebés, infelizmente só em Lisboa.

Voltou...

Hoje foi mais uma aula teória "O Trabalho de Parto"... a enfermeira xungosa voltou, com aqueles comentários horriveis e as ameaças do costume.

Mas, nem tudo são más notícias. Amanha vou finalmente ter na mão o meu lindo pano, a Zélia vai traze-lo para a Noite da Grávida, vou poder experimentar tudinho durante o workshop do Club do Pano.

Outra coisa excelente é que uma amiga minha já começou a dar aulas de ginástica Pilates Pré e Pós Parto:

Clinica Dr. Luis Ramos

Rua Eça de Queiros n.º 182
Senhora da Hora - Matosinhos

Como ainda não há grupos feitos a marcação é pelo telefone:

96 8816568 - Prof.ª Liliana Oliveira

Clases Pilates para grávidas:
4ªf - 17:30-18:30h
6ªf - 18:00-19:00h
Com direito a uma massagem gratis por semana para diminuição das dores de costas.

O meu Pedrocas continua cheio de genica seja a que hora do dia for, dizem que com o tempo mexe menos... posso confirmar que é mais lento do que antes mas com muito mais força, eram mais à noite agora são a qualquer hora do dia ou da noite, e não me venham com a cena de que dorme 90% do tempo... a não ser que ele se mexa muito enquanto dorme.

Os movimentos são longos e descarados, mete os pés nas minhas costelas sem pedir licença! Não está certo!

Amanha Dia da Mulher, não esquecer de exigir mais mimos :)

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Gravidas na Discoteca!!

Ha pois é!!! Finalmente lembram-se da gente!!! EU VOU!

Dia 8 de Março - Discoteca Estado Novo - 20:30horas


sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A Taxa de Cesariana

A cesariana representa mais de 30% dos nascimentos em Portugal.

"É do conhecimento público que a forma de encarar a cesariana, evoluiu significativamente nos últimos vinte anos"… É assim que começa o prefácio do livro "A Cesariana" de Michel Odent, escrito pelo Prof. Jorge Branco.Mas será que é do conhecimento público os riscos.versus.benefícios desta forma cirúrgica de nascer?

Será que existe no público, um sentido de reflexão sobre este assunto?Até que ponto o público conhece os factos, tem interesse em saber e participar numa decisão responsável e consciente sobre esta temática?

Seguramente, não são públicas as taxas de cesariana de todos os hospitais portugueses: públicos e privados...

Também não são públicos os critérios que definem a tomada de decisão para um nascimento por cesariana, nem os procedimentos de atendimento ao trabalho de parto e o parto, que possam ajudar a evitar o desfecho em uma cesariana.

Pública é sem dúvida a ideia que se tem vindo a generalizar, de que nascer por meio de uma cesariana, é…NORMAL!!!! Temos assistido a um crescente aumento das taxas deste procedimento cirúrgico desde os anos 80 , com uma passividade e naturalidade, tanto por parte dos profissionais de saúde, como por parte das grávidas e suas famílias, de uma forma inconcebível, numa sociedade desenvolvida e supostamente civilizada…

Se bem que seja um fenómeno característico da sociedade ocidental e países desenvolvidos, como se explica que em 2006, a taxa de cesarianas tenha sido de:
- de 22 % em Espanha
- de 23 % no Reino Unido
- de 19.6 % em França
- superior a 30 % em Portugal nos hospitais públicos
- superior a 65 % em Portugal nos hospitais privados,


quando se recomenda que essa taxa:

- se situe entre 10 a 15%,pela Organização Mundial de Saúde
- seja inferior a 30 % , segundo o Ministério da Saúde Português !!??

E porquê preocuparmo-nos com estes dados?
Simplesmente porque há riscos acrescidos numa cesariana, muito importantes para a saúde da Mãe, do bebé, e em futuras gravidezes, que não podem ser desvalorizadas, ocultadas ou ignoradas…
Os riscos de uma cesariana quando comparada com um parto vaginal, são os seguintes:

Riscos para a Mãe:

- morte materna: 5-7 vezes superior
- internamento em cuidados intensivos: 2 vezes superior
- hemorragias importantes: 6 a 8 vezes superior
- maior tempo de internamento
- necessidade de voltar a ser internada: duas vezes superior
- infecção e tomada de antibióticos: risco alto*
- dor: risco muito alto*, para dor prolongada nos dias e semanas seguintes ao parto
- complicações pós-operatórias: 1-5 % dos casos de cesariana
- experiência negativa de nascimento: risco muito alto*. Alta probabilidade de não ter acompanhante no nascimento do filho, nem suporte emocional, nem sentir qualquer domínio sobre a situação
- menor contacto imediato com o bebé, não poder vê-lo ou pegá-lo: risco muito alto*

Riscos para o bebé:

- risco de morte: 1.77 por cada 1000 recém-nascidos, contra 0.62 por cada 1.000 recém-nascidos por via vaginal
- corte cirúrgico acidental: risco alto*
- problemas respiratórios: risco moderado a alto* (antes das 39 semanas)
- possibilidade de não ser amamentado: risco alto a muito alto*
- possibilidade de desenvolver asma em criança e / ou adulto: risco alto*

Riscos para a Mãe, em futuras gravidezes:

- aumento da infertilidade: risco alto a muito alto*
- fertilidade reduzida por opção da Mãe: risco alto*
- aumento de gravidez ectópica: risco moderado*
- aumento de problemas com a placenta (acreta, abrupta ou prévia): risco moderado*
- ruptura uterina: risco moderado*

Riscos para o bebé, em futuras gravidezes:

- morte antes do termo da gravidez: risco moderado*
*Classificação do risco (segundo estudos compilados no artigo "What every women needs to know about Cesarean Section" retirado do http://www.chilbirthconnection.org/):
Risco muito alto: 1.000-10.000 em cada 10.000 mães ou bebés
Risco alto: 100-999 em cada 10.000 mães ou bebés
Risco moderado: 10-99 em cada 10.000 mães ou bebés


Poderá o motivo de orgulho nacional: as baixas taxas de mortalidade e/ou morbilidade materna e infantil, justificar e validar a prática desta cirurgia obstétrica?
NÃO!!! Simplesmente pela análise de riscos já descriminada, que inevitavelmente irão fazer subir as ditas taxas, pelas quais tanto lutámos ao longo destas décadas!
O valor recomendado pela O.M.S. é precisamente encontrado, fazendo um rigoroso estudo do balanço risco-benefício, do nascimento cirúrgico, sendo apoiado por diversos estudos de outras entidades (ex.Althade and Belizán,2006**)

Será possível reduzir as taxas de cesariana?
CLARO QUE SIM!! Até quanto, é que é mais difícil saber, bem como quem está verdadeiramente interessado em fazer um esforço por isso…
O Plano Nacional de Saúde (lançado em 2004), estipula que até 2010, a taxa nacional seja reduzida para 20%.
A Maternidade Dr. Alfredo da Costa, em Lisboa, conseguiu reduzir de 34 % em 2006, para 29.8% no 1ºsemestre de 2007¹, tendo implementado algumas estratégias para tentar reduzir mais esta taxa.
O Hospital de S. João, no Porto, pretende chegar aos 25 %*** (conseguiu reduzir em 10%, esta taxa, de 2001 para 2002, e agora pretende reduzir mais 2.2%).
Lamentavelmente, o Presidente do Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos e Director de Serviço de Obstetrícia do Hospital de Sta. Maria, Prof. Luis Graça, não acha "excessivamente importante a preocupação pela baixa “forçada” do número de cesarianas"*** e acredita que é possível baixar 2 a 3 %, o que situaria a nossa taxa nacional na ordem dos 30%...

O que será necessário para baixar as taxas de cesariana?
- divulgação dos riscos versus benefícios, baseados em estudos científicos publicados, a todos os profissionais de saúde
- divulgação dos referidos riscos versus benefícios a toda a população, em especial às grávidas de uma forma esclarecedora
- existência de um consentimento informado, compreendido e assinado pela grávida, quando se efectue este procedimento cirúrgico (de forma não emergente).
- um acompanhamento da gravidez de baixo risco por parte dos profissionais de saúde, que promova com segurança e clareza, a via vaginal como primeira opção de parto
- sistemas de controlo e auditoria interna nos hospitais (públicos e privados), que possibilitem que cada cirurgia seja discutida em equipa, chegando à conclusão clara de quais os critérios que justificam a cirurgia
- uma mudança na forma como se encara o parto, ao nível do estudo da medicina, para que este volte a ser vivido como um processo fisiológico e não patológico.

E para quê?
- claro benefício para a saúde da Mãe e do bebé
- claro benefício em gravidezes posteriores
- melhoria na experiência de nascimento para a maioria das mulheres
- melhoria na taxa de sucesso de amamentação e do primeiro contacto Mãe-bébé
- diminuição drástica dos custos associados ao procedimento cirúrgico, e pós-operatório
- diminuição de todos os custos que advêm das possíveis complicação e riscos anteriormente descritos, para o sistema de saúde, e para as Mães/Famílias (internamento mais prolongado, cuidados intensivos, intervenções adicionais, medicação a curto e/ou médio-longo prazo, leite artificial, etc).

Num país com tanta dificuldade em gerir os seus recursos de assistência médica, com baixíssimas taxas de sucesso na amamentação e com graves dificuldades financeiras, esta situação dá que pensar…

Vale a pena proporcionarmos um melhor começo de vida aos nosso filhos e à nossa sociedade, com mais saúde para as mulheres e para as crianças!

Marta Cruz
Vogal da Direcção
HumPar
Fontes utilizadas neste documento:
http://www.childbirthconnecting.org/
http://www.maternitywise.org/
"A Cesariana:operação de salvamento ou industria do nascimento", de Michel Odent, Miosótis, Setembro de 2005
***"Pais & Filhos", edição de Novembro de 2007, artigo: 'Menos cesarianas, mais qualidade',texto de MªJoão Amorim,pág-44-46
"Pais & Filhos", edição de Janeiro de 2006, artigo: "Sai uma cesariana!", texto de Mª João Amorim, pág.13-16
** Althabe F.,Belizán JF,Caeserean section:The paradox.The Lancet 2006:368:1472-3
Retirado de
Artigos Humpar

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

30 Semanas

Apesar de viver cada dia desta gravidez não acho que tenha um comportamento igual às outras grávidas.
Não tenho fotos minhas mês a mês, não bordei nada para o enxoval do meu filho, não vivo obcecada por sintomas imaginários, sei lá que mais ...

Acho que uma foto para representar a gravidez é o suficiente, esta tirada ontem durante a tarde pelo pai babado chega, a barriga não está pequena nem grande demais e numa altura de transição as quase 30 semanas :)

Ainda aqui está e já sinto saudades de me sentir uma autêntica máquina de lavar roupa, foi assim que me senti durante a 25ª e 26ª semana, agora os movimentos são menos e bem mais calmos... já nem me acordam.

Comecei as aulas de preparação para o parto no HSJ... sinto-me completamente deslocada, a enfermeira não perde oportunidade para gozar com a nova ala do hospital para parto natural, com as mães que decidem não se entupir e não entupir os filhos de drogas que Estudos Médicos já provaram ser prejudicial e a Organização Mundial de Saúde recomenda a não utilização, isto sem contar com algumas pérolas lindas como "Se não fizerem como eu estou a dizer depois os bebés têm de ser extraídos a fórceps e ventosas...", bem sem comentários.

No próximo sábado tenho mais uma consulta com a parteira, vou poder ouvir o coraçãozinho do meu filhote mais uma vez, estranho como se tem saudades de um som... de algo que se passa tão perto de mim.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Finalmente em Portugal!!!

Hospital de São João inaugura bloco de partos naturais

O Hospital de São João, no Porto, disponibiliza às grávidas, a partir de sexta-feira, um bloco para partos naturais onde algumas «velhas práticas» foram abolidas e se dá tempo ao tempo para nascer

Os partos induzidos, as anestesias, as tricotomias (rapagem dos pêlos púbicos) e os clisteres estão excluídos do novo bloco, pensado para as grávidas sem pressa, que ali vão poder recorrer à hidroterapia, à música e a exercícios de relaxamento para darem à luz tranquilamente.

Na nova estrutura, a grávida pode escolher a posição que lhe é mais conveniente para dar à luz e praticar exercícios com a bola e a corda de parto.
«A bola permite que a mulher se sente sobre ela e oscile, relaxando a zona pélvica, e a corda, suspensa num ponto alto da sala de partos, pode ser usada para fazer força», explicou Diogo Ayres de Campos, médico responsável pelo bloco de partos.
A episiotomia (corte do períneo, uma área muscular localizada entre a vagina e o ânus, para facilitar a expulsão do bebé) «só será realizada nos casos em que for realmente necessária», sublinhou ainda Diogo Campos, que se congratulou por a taxa desta intervenção no Hospital «ser actualmente de 54 por cento, quando era de 87 por cento há três anos».

«O soro, que costuma ser colocado à grávida assim que esta entra no hospital, também deixa de ser rotina, e a futura mãe vai poder circular num ambiente familiar, sem a presença de estranhos, além de ter à sua disposição chuveiro e banheira com hidromassagem», contou o clínico do Hospital de São João.
Mas apesar de a água ser um recurso para o relaxamento e o amenizar das dores da grávida, o médico do São João exclui a possibilidade de os partos ocorrerem no meio aquático.

«Como são conhecidos casos de complicações em bebés que nasceram neste meio, só faremos partos na água quando houver indicações de que são pelo menos tão seguros como os realizados em ambiente normal», declarou Diogo Ayres de Campos, acrescentando que «o parto na água não é um parto natural».
«Parir na água não é um instinto ou uma tendência natural da mulher», sublinhou o responsável, segundo o qual «o trabalho de parto na água é pacífico, a expulsão do bebé é que é controversa».

A realização do parto fora do ambiente hospitalar também é encarada com renitência por Diogo Campos, segundo quem «em Portugal não existe uma estrutura montada para apoiar esse tipo de nascimento, ao contrário do que sucede em países como a Holanda», onde apenas as gravidezes de risco têm acompanhamento hospitalar.
Apesar de considerar que o país «não está preparado nem tem tradição de partos em casa», o médico reconhece que os enfermeiros obstetras (vulgo parteiros) «podem orientar os partos de baixo risco», devendo «dispor de mais autonomia», um aspecto que «está bem estipulado na lei europeia mas pouco claro na legislação nacional».

Diogo Ayres de Campos revelou-se ainda favorável à criação de casas ou centros de parto, uma vez que Portugal ainda não dispõe de nenhuma estrutura deste tipo.
Para o médico, os centros de parto representam «o equilíbrio ideal entre a casa e o hospital» e, «se são uma solução em muitos países europeus, não há razão para não resultarem em Portugal».
Lusa / SOL

Retirado daqui

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Serviço Nacional de Saúde

Recebi hoje por e-mail, não deu para resistir, ideias muito originais para resolver alguns dos problemas que assombram o nosso Sistema Nacional de Saúde.




O que falta ao nosso Serviço Nacional de Saúde não são médicos, mas sim um departamento de marketing e comunicação competente. Porque é óbvio de que o SNS precisa é de um patrocinador. Por motivos orçamentais é preciso encerrar uma urgência? Vamos falar com a CGD e ela patrocina a urgência. É preciso fechar uma maternidade? Vamos falar com a PT para patrocinar a maternidade. Estes patrocínios não só evitavam os encerramentos como davam notoriedade às marcas em causa. Poderiam mesmo fazer negócio. Um utente da urgência poderia transferir o crédito à habitação enquanto aguardava. Um recém nascido poderia receber um telemóvel com 10€ em chamadas e 5 mms grátis para se apresentar aos familiares e amigos…

Mas a estas empresas já será difícil arranjar dinheiro para patrocinar uma solução deste género. É porque grande parte dos orçamentos de marketing destas empresas estatais já está canalizado para clubes de futebol, festivais de Verão…

Por falar em futebol, o ideal seria arranjar um patrocinador global, com faz a Liga de Clubes. O mesmo patrocinador então assentava que nem uma luva. A BWIN, não só evitava o encerramento dos serviços como poderia tornar o tempo de espera muito mais interessante. À entrada dos serviços e em vez de senha, seria distribuído um cartão tipo bingo. Os números iam aparecendo aleatoriamente no monitor e o primeiro a completar era o primeiro a ser atendido. Os casos mais urgentes tinham um cartão com 15 números e os menos urgentes com 30. O primeiro a fazer “linha” tem direito a um “Kit de brindes” de uma empresa farmacêutica. Kit esse que incluiria um despertador que afia facas de sushi, tira borbotos de camisolas e apara pelos do nariz (tudo isto só num objecto, também disponível para canhotos).

O problema das listas de espera para operações era resolvido com a aplicação de um jogo tipo roleta. Quando o doente se inscrevesse no hospital para ser operado era lhe dado uma ficha para jogar na “roleta da cirurgia”. Até ao dia 15 de cada mês o doente teria que fazer a sua aposta, se apostar no número certo é logo operado. Se não ganhar, no mês seguinte é lhe dado o dobro das fichas do mês anterior, ficando assim com mais hipóteses de acertar. O sorteio do número seria feito em parceria com a SIC num programa mensal apresentado Fátima Lopes. O vencedor iria ao programa antes e depois da operação e o pato Donalti faria o relato em directo da cirurgia. Momento histórico da SIC em que o ventríloquo não seria visto a mexer os lábios durante a sua arte, pois tinha a boca coberta pela máscara que habitualmente é usada por quem assiste às operações.

O problema de comunicação entre instituições aquando de uma urgência também era resolvido de uma forma simples: INEM e os BV decidam online , jogando uma mão de Blackjack, quem era responsável pela urgência. Quem fizesse 21 tinha direito a não fazer dois pedidos consecutivos.

O Ministro da Saúde era escolhido em Conselho de Ministros através de um jogo de sritp poker. O primeiro que ficasse com menos roupa e não espirrasse estava apto para o cargo.

Simples não é?

Não sei de quem é a autoria...

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Este tem menos graça


E lá vem o Pedro Tochas para mais um espetaculo no Porto, no sitio do costume:

"Este tem menos graça"

PORTO
Café-Teatro do Teatro do Campo Alegre
14 a 16 de Fevereiro de 2008 às 22:00
Bilheteira: 22 606 30 00 (Fechada às 2ªs)

ATENÇÃO:
Os bilhetes para este espectáculo serão colocados à venda no dia 1 de Fevereiro às 14:00

Eu vou!

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Posições

Apesar de sentir alguma azia com frequência prefiro os pontapés cá em cima do que lá em baixo.

Hoje esteve mais mexido durante o dia o resultado foi evidente… virou-se novamente, agora de cabeça para cima e pés bem enfiados na minha bexiga e noutros sítios igualmente desagradáveis.

Começava a habituar-me aos pontapés junto ao estômago, sentia-os eu, o pai e via-se a minha barriga aos pinotitos… agora só o sinto por dentro.

Vou tentar mais logo antes de dormir ter uma conversa com ele a ver se o convenço a virar-se novamente, não custa nada tentar.

Descobri que há uma barrinha minha no blog Barrinhas :)

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Direito à escolha

Locais onde não me vão encontrar de certeza:

http://www.locaispermitidofumar.blogspot.com/

Felizmente agora tenho direito à escolha!!! Aqui é proibido fumar!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

25 Semanas

Fica estranho só faltarem 105 dias, quase só 2 digitos...

Esta noite fez questão de não me deixar dormir, mesmo antes, enquanto estive sentada no sofá fez a sua sessão de treinos de STEP, já na cama continuou com uma série de Tai-chi.

A meio da noite toma lá mais uns biqueiros que se eu estou acordado tu também estás...

EU QUE TE APANHE CÁ FORA QUE TU VAIS VER!!!!



segunda-feira, dezembro 31, 2007

Se o Menino Jesus tivesse nascido hoje (e em Portugal)

O que sente um bebé mesmo acabadinho de nascer?
Sente uma mistura imensa de estímulos, de sentimentos (medo, expectativa, perplexidade, fragilidade), sente a "asfixia do ar" (de quem passou nove meses em meio hídrico, de densidade grande, e de repente passa para um meio aéreo), sente a necessidade da presença dos pais, seus autores e progenitores, sente fome (e portanto vontade de mamar no peito da mãe), sente a necessidade de ser aquecido, mas nos braços da mãe e não debaixo de uma "chocadeira de pintos". Sente-se humano, a um tempo vencedor e frágil.

O Menino Jesus teve um parto mais "ecológico" do que as crianças que nascem no século XXI: sem holofotes, luzes fortes, tubos... Devemos fazer uso das novas tecnologias, mas criar ambientes mais humanizados?
Os nascimentos precisam de um parto. E o parto tem que prever todas as alternativas, mesmo as piores. Daí a necessidade de um meio hospitalar, com a respectiva tecnologia. Mas atenção: apenas para ser usada quando necessário, e não por "default". Aquela história, por exemplo, de "roubarem" os bebés dos pais para os "irem aquecer" é uma arrogância intolerável.

S. José assistiu ao parto! Hoje os pais já podem assistir, ou continuam a ser "empurrados" para fora da sala da maternidade?
Em muitos hospitais privados há mesmo uma política de "pai não entra" quando de uma cesariana com epidural. Se pensarmos que estas são mais de dois terços dos partos nesses meios... Ora o nascimento é o culminar de um projecto que é do pai e da mãe. Logo, estar presente no parto (não é "assistir"...) é um direito. Os profissionais não podem expulsar os pais. É imoral!

Jesus sobreviveu, mas no seu tempo, e até à muito pouco, e estamos a falar nos países ocidentais, a taxa de mortalidade infantil era elevadíssima. Qual é a esperança dos meninos Jesus que nascem hoje, em Portugal (ou em Badajoz)?
Desde 1989 que Portugal tem uma rede invejável de cuidados ao período perinatal, que inclui o parto. Somos campeões, nesse domínio, tendo partido de uma situação aflitiva. Quando o poder político é inteligente, o grupo de técnicos é bom e eficiente, e as coisas se fazem com cabeça, tronco e membros, e com os orçamentos necessários, ganha-se, e ganha-se muito. Cito Albino Aroso, Leonor Beleza, Torrado da Silva, Octávio Cunha, Maria de Belém e tantos outros. A eles se deve.

O Menino foi visitado por anjos, pastores, ovelhas, burros e vacas... Estamos a rodear os bebés de assepsia a mais? Há agora muitos pediatras a recomendar que não se leve o bebé à rua durante o primeiro mês...
Há um tempo de presépio e um de apresentação no Templo. As visitas sociais são um fenómeno recente, urbano e a evitar. Quanto aos passeios, devem ser logo que os pais queiram. Os bebés têm memórias antropológicas do meio exterior natural. Sentem-se bem é fora. E o frio não é impedimento. Em Portugal somos ainda muito tímidos nessas coisas. E alguns profissionais dizem coisas verdadeiramente tontas, como essa de não poder passear no primeiro mês - claro que se for num centro comercial é outra coisa, mas também não é passeio...

Já li textos seus em que diz que as "visitas" devem ser postas a milhas nos primeiros tempos...
Corridas com um rotweiller atrás. O momento é de intimidade, comunhão, contemplação, solidão até, compreensão do fenómeno, sonho e paixão. Não se consegue este registo com uma alcateia à volta. Visitas: xô!

Um bebé ouve, cheira e vê? Vê a que distância?
Vem equipado com todos os sentidos, embora veja a preto e branco até cerca dos 4 meses de idade. A questão de ver está ligada à necessidade de analisar pormenorizadamente o que não conhece - e cansa-se. É a imagem em espelho que permite compreender. Se olha para uma árvore ou uma nuvem, ela é imediatamente entendida porque está na memória genética do bebé. Um computador ou um livro já é mais difícil...

Porque é que nos quiseram convencer, por exemplo, que não reconhece a mãe durante muito tempo?
Não é verdade, e as razões por que isso era dito passavam, quanto a mim, pela ignorância, pela mania de que os médicos sabiam tudo (e quando não sabiam, inventavam), pela arrogância e pela vontade de diminuir o interlocutor, e pelo desejo de pretender que só os cérebros iluminados dos senhores doutores compreendiam o bebé e vice-versa. Os bebés reconhecem a mãe, o pai e os irmãos desde antes do nascimento. Que isso fique claro!

Para as crianças o Natal é o "grande dia", o segundo, logo a seguir à sua festa de anos - como gerir as expectativas de um filho com menos de dez anos
Se a avalancha de brinquedos e o novo-riquismo exibicionista são grandes, então perde-se o significado simbólico do que é o Natal: oferecer, partilhar, estar. Um presente significa: neste momento, pensei em ti, tentei agradar-te, gastei tempo e dinheiro para que, quando utilizares esse objecto, te lembres de mim e da nossa amizade. No fundo é dizer: «gosto de ti. Sabia que sabias, mas quero dizer-te, através desse símbolo.» É por isso que cada presente deve ser aberto à frente de quem o ofereceu, vendo a reacção e com tempo.

Os reis magos trouxeram mirra, incenso e ouro, os pastores quanto muito um queijinho. Os pais têm medo de perder o amor dos filhos, se não lhes puderem dar tudo o que passa nos anúncios da televisão?
Sentem-se pressionados e têm medo que os filhos gostem menos deles, se o presente for inferior ao do tio ou ao dos avós. A pressão externa, que passa pela publicidade, é mais um factor. Mas a questão é se queremos ser nós a nortear a nossa família (mãe, pai e filhos) ou se queremos que sejam outros, diminuindo o nosso papel. Se queremos ser o Norte, então temos que agir como tal.

Aquela frase: «há meninos que não têm o que tu tens», com que tentamos calar-lhes as birras, bem com o hábito de recolher os seus brinquedos antigos para os dar aos "meninos que não têm Natal" são formas genuínas de ensinar a solidariedade ou pensos rápidos, sem qualquer efeito?
Mais do que atirar para cima de uma criança uma culpa que pertence aos adultos e à forma por vezes iníqua com que organizam a sociedade e distribuem os bens, ou como valorizam os bens materiais e diminuem os sociais e espirituais, deve é dizer-se que desperdício é errado e que o excesso atrapalha e não faz ninguém feliz. Mais do que dar, é partilhar. Por razões sociais fortes, e não por um espírito paternalista, é preciso pensar nos "meninos que não têm". Mas ressalvando sempre que "não têm" coisas, mas têm dignidade.

Há pais com medo de falar no Pai Natal, por acreditarem que o filho um dia lhes vai chamar mentirosos. Mas sempre soubemos distinguir a magia da realidade - as crianças de hoje, com playstations e jogos de computador - ainda mais? E além do mais quem é que garante que o Pai Natal não existe.
Matem os sonhos, as fantasias, o Pai Natal, a fada dos dentes e tudo o mais, em prol do politicamente correcto ou da necessidade de entrar no "mundo dos adultos" e estarão a fabricar verdadeiros monstros. Uma criança sabe que o Pai Natal que aparece lá no dia 24 tem as meias do avô ou os sapatos do tio, os quais por acaso até se ausentaram naquele momento. E depois? O faz-de-conta é uma das vertentes mais importantes do jogo simbólico e da actividade lúdica! Bom Natal, com sonhos, esperança e amor. Muito, e sem inibições de expressão!

Por: Pediatra Mário Cordeiro
Retirado daqui -
http://www.destak.pt/artigos.php?art=6711

terça-feira, dezembro 25, 2007

Prendinha Especial

O papá teve de prenda sentir 2 ou 3 pontapés, para mim isto continua uma autentica sessão de ginástica... principalmente à noite.

Agora que os movimentos já se sentem no exterior começa a ser mais real toda esta experiência mágica.

domingo, dezembro 16, 2007

Parabéns Joana!!


Já lá vão 5 aninhos que esta pimpolha nos prendou com o seu nascimento um pouquinho antes da hora... mas que valeu a pena, valeu mesmo!!!!
Parabéns à mãe C_ e ao pai B que souberam contribuir para este mundo com uma das mais lindas princesas que já vi.

terça-feira, dezembro 11, 2007

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Lei Laboral vs. Gravidez

Hoje, no meio de contas que nunca tive de fazer antes, reparo que a empresa de trabalho temporário não me estava a pagar o subsídio de alimentação relativamente aos dias em que tinha de ir a consultas… segundo a lei não há qualquer perda de regalias:

As trabalhadoras grávidas têm direito a dispensa de trabalho para se deslocarem a consultas pré-natais pelo tempo e número de vezes necessários e justificados. (…)
O direito à dispensa do trabalho efectiva-se sem perda de remuneração e de quaisquer regalias
.”

Custa-me é saber que as empresas de trabalho temporário são das mais bem informadas sobre Legislação Laboral, e esta faz-me uma cena destas… dá vontade de pensar que é de propósito. Já quando foi da primeira consulta, apesar de ser consulta de especialidade Obstetrícia, argumentaram que eu poderia ter ido à consulta por outro qualquer motivo… eu é que ainda não descobri que motivos mais existem que possam levar uma mulher a ir a uma consulta de obstetrícia, mas eles devem ter imensos, por isso pediram-me uma declaração médica que justificasse a minha gravidez.

Seja como for mandei-lhes um e-mail a reclamar, pode não ser muito dinheiro mas faz-me imensa falta.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Meio caminho andado

Lá cheguei às 20 semanas... com um sermão pela manha.

Tive hoje mais uma consulta, tensão arterial excelente, analises sem nada a apontar, medidas boas.... mas engordei 5Kg em vez de 1Kg, sou uma menina muito má!!!

Em casa já ganhei a alcunha de Popota... mas a médica pode meter as análises à glicose que me mandou fazer naquele sitio onde não brilha o sol!!!

Estava a comer algumas coisas que não devia... ou de maneira errada, fruta é bom mas não é aos quilos, diospiros um por semana é bom, dois por dia é muito mau. Felizmente já acabaram e agora estão a vir as laranjas!!! Comer fruta moderadamente de preferencia no final das refeições, se comer fruta durante o dia comer igualmente uma ou duas bolachas de agua e sal para cortar a absorção do açucar.

Como não sou grande adepta de pão nem de doces à partida a coisa vai estar controlada, o regresso ao ginásio também é uma excelente ideia, não sei é se tenho dinheiro que chegue para tudo. O Natal não é ameaça já que a canela estraga tudo aquilo que sem ela poderia ser comestivel... pois, eu e a canela não combinamos.

Bem, antes do final do ano tenho consulta com a minha parteira e no inicio do ano analises para a Obstetra, até lá convém manter o peso numa base saudável, isto não é igual a emagrecer, é igual a comer com consciencia.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Fionda livre... mas só do gesso

Finalmente tirou o gesso, mas tinha uma ferida bem funda... não se entendo como o gesso possa ter feito aquilo, mas fez. Já não tinha assim grande impressão do veterinário agora muito menos.
Lá anda sem gesso mas nada de saltos, pinotes e muito menos correrias, a minha mãe desdobra-se em cuidados para a controlar a ela e ao meu pai, às vezes ele é pior que ela.
Aqueles dois é uma paixão que até dá dor de cotovelo, ela parece sombra dele mas em contra partida a hierarquia não é muito bem cumprida, o meu pai continua a fazer-lhe as vontadinhas todas e ela abusa...

Amanha está de volta a casa para ser eu a enche-la de mimos, ainda não entendo como uma bicharoca irrequieta pode deixar tantas saudades.

terça-feira, novembro 13, 2007

Travian

Já não chegava o World of Warcraft Online agora também perco tempo a desenvolver uma aldeola gaulesa num servidor portugues de:

O link é um convite em meu nome, obvio que tenho vantagens com isso, logo façam o favor de jogar.

Eu estou no server speed3x e sou Gaulesa, divirtam-se!!!

sábado, novembro 10, 2007

Já tenho idade para ter juízo

Ontem foi mais uma noite em grande, mais uma vez fui ver um espetaculo do Pedro Tochas ao Teatro do Campo Alegre, desta vez intitulado "Já tenho idade para ter juízo".

Felizmente juizo é coisa que ele não tem e foi paródia pegada do inicio ao fim do espetáculo, mais uma vez: "Pedro, rapaz... continua assim que estás a ir bem".

Eu e o marido, os dois da primeira a fila a contar da esquerda (sim, sei que é um risco ficar na primeira fila... mas ali no canto já é mais seguro)

Recomendo a toda a gente irem ver este espetáculo, é mesmo muito bom!!!
Calendário de espetáculos

PS - Foto da autoria de Pedro Tochas.

sexta-feira, novembro 09, 2007

IRC Meeting

Ainda não sei como me mantive acordada até tão tarde, na quarta-feira eram 9 e meia já estava aterrada a dormir, ontem era meia.noite quando chego a casa... cansada mas passei o jantar sem pinta de sono.

Foi muito bom rever aquela gente, os parabéns à Sarah pela organização, se não fosse ela este jantar não tinha acontecido! A barbarela continua linda e sepre de conversa animada, o Kawa está sempre na mesma, ao Imagine muitos parabéns pela imensa motivação no novo curso (alguns na tua diade estão-se borrifando) e o Ratao ainda mais na mesma que o Kawa.

Fotos não tirei mas houve quem tirasse, para já fica só a publicidade ao site do Kawa onde, espero eu, ele ponha algumas fotos online - FotoGrafismo.com -

domingo, novembro 04, 2007

Dedo partido

Já se estava mesmo a prever, tanta correria só podia termninar assim. Durante um dos looooongos passeios que o meu pai adora dar com ela apareceu com o terceiro dedos da pata traseira direita partido.
Corre-se para o veterinário, RX... 15 dias de gesso.
Vai-lhe custar imenso, é uma cachorra extremamente activa e cheia de energia, para dar e vender, sentir-se limitada não vai ser nada fácil. Nem tenta lember o gesso
Obviamente continua a mostrar-se muito alegre com as festas e mimos, quando chegamos a casa rodeia-nos de empurrões e lembidelas, nunca vi animal tão resistente à dor.
Queria mesmo era que estas duas semanas passem bem depressa!!!

quarta-feira, outubro 31, 2007

Encontro





Para a semana vou ter direito a um jantarico com alguns dos velhinhos da PtNet, só de pensar nas horas a fio que passei no IRC... não, não as considero desperdicio, foram horas de muita diversão, conversa de todo o tipo e um meio de conhecer gente fabuloso, fiz grandes amigas e amigos que até hoje guardo no coração com imenso carinho.

terça-feira, outubro 30, 2007

Rinite

A coisa piorou muito, andava à mais de uma semana a dormir 5-6 horas por noite. Bastava levantar-me de noite para ir ao wc que o nariz entupia, lenços atrás de lenços e um não parar de espirros que levam qualquer pessoa á loucura.

A médica receitou-me Atarax:
"Por conseguinte, o Atarax não deve ser usado durante a gravidez."
Retirado daqui

Obviamente não comprei nem tomei, aguentei mais uns dias e fui a um profissional que não tenta deformar o meu filho, ao homeopata. Já tinha decidido antes fazer um tratamento definitivo (sim, com a homeopatia os tratamentos são definitivos) a isto, mas veio a gravidez e vai ter de esperar mais um pouco. Obviamente que não impediu que um tratamento prescrito por alguém realmente inteligente tenha efeito, o homeopata disse que agora tratamento não posso fazer mas que há certas coisas que podem abrandar os sintomas e dar-me um pouco do nível de vida que tinha antes, pelo menos o merecido descanso.
Nebulizações de óleo essencial de eucalipto, Omega 3 (óleo de peixe) e oregãos... simples e muito eficaz.

De sábado para domingo foi uma noite deliciosa, nem o levantar para ir ao wc foi assim tão incómodo.

domingo, outubro 28, 2007

quinta-feira, outubro 25, 2007

De cara lavada

Vamos lá tentar novamente... se nao me esquecer.

A Fionda continua brincalhona e mimadinha qb!!!

Lilypie 3rd Birthday PicLilypie3rd Birthday Ticker

quinta-feira, julho 19, 2007

Lx a votos

Com tal abstenção se a coisa der buraco... não vão ter direito a reclamar!

terça-feira, março 13, 2007

Formação de Doulas no Porto

A Associação Doulas de Portugal vai dar início a novo processo de certificação de doulas com uma formação de 18 horas no Porto, de 21 a 23 de Abril.
Para inscrições, devem enviar um mail com os dados pessoais, contactos telefónicos, morada, profissão e um pequeno texto de apresentação onde exponham as vossas razões para querem fazer esta formação, para doulasdeportugal@yahoo.com

As inscrições são limitadas

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Star Wars

Depois de me ter descabelado durante semanas por não ter ido a Lisboa ver a Exposição Star Wars... ela vem à Exponor!!!!

Pois é, olhem só:

"A Exponor acolhe Yoda, Luke Skywalker, Princesa Leia, Padmé, Obi-Wan Kenobi, R2-D2, C-3PO e Darth Vader, entre tantos outros personagens da Guerra das Estrelas. A exposição estará patente de 2 de Fevereiro a 15 de Abril.

Depois do sucesso em Lisboa, com mais de 50 000 visitantes, chega ao Porto a exposição sobre a mais famosa saga intergaláctica do cinema.

A exposição decorrerá na Exponor de 2 de Fevereiro a 15 de Abril no pavilhão 7 de Terça-feira a Domingo das 10h às 19h (encerra às Segundas-feiras).

Preços dos Bilhetes
Até 3 anos – Grátis
De 4 a 7 anos - 5 Euros
Mais de 7 anos - 10 Euros

Informações e reservas:707 234 234"
Notícia original

Se bem que 10,00€ é uma xulisse de tod0 o tamanho, mas lá terá de ser, sempre poupei na viagem :)

sexta-feira, novembro 03, 2006

Humanização do Nascimento, Amor e Responsabilidade

I Congresso Internacional Humanização do Nascimento, Amor e Responsabilidade
3, 4 e 5 de Novembro 2006
Instituto Jean Piaget, Almada, Portugal

Ao organizar este I Congresso Internacional a HumPar não se furtou a esforços, pois pretendemos a sensibilização para práticas humanizadas e seguras na assistência ao parto à semelhança do que já sucede em muitos países tanto da Europa como do mundo inteiro.
Reconhecemos a elevada qualidade técnica dos profissionais de saúde portugueses e acreditamos que a humanização dos serviços ligados à saúde passa não só por uma práctica mais centrada na satisfação dos utentes por parte dos técnicos, mas também pela urgente tomada de consciência das mães, pais e população em geral de que o nascimento deve ser encarado como um acto fisiológico que exige uma maior responsabilidade pessoal e social.

Em resposta ao nosso apelo conceituados especialistas nacionais e internacionais no campo médico, enfermagem, social e antropológico aceitaram o convite para estarem presentes, tornando este congresso um evento de excelência, no qual desejamos ver presentes não só profissionais ligados à área da saúde materno-infantil como todos aqueles que desejem contribuir para que o nascimento possa ser uma das melhores experiências da vida de cada pessoa, num ambiente seguro, porém acolhedor e dignificante. Acreditamos por isso, que todos quantos assistirem a este evento sairão mais enriquecidos como técnicos e como seres humanos.Desde já a HumPar dá as boas vindas a todos quantos nos honrarem com a sua presença.

sexta-feira, outubro 27, 2006

terça-feira, outubro 17, 2006

A metro...

Descobri que o analfabetismo em Portugal é em superior ao que eu pensava... então nos utilizadores do Metro do Porto que em hora de ponta ronda os 90%.

Enquanto não houve sinalização parecia que não havia escolha e tinha-se de levar com os magotes de gente as escadas rolantes, nunca lhes passou pela cabeça de que há gente com pressa para chegar ao trabalho ou a outro lado qualquer que não é da conta de ninguém, também nunca se lembraram que fumar em recintos fechados é falta de educação, eu se quiser fumar compro.

Agora os avisos existem, por escrito e tudo (nem vou mencionar os símbolos explícitos... senão era mais do que simples analfabetismo), desde o encoste á direita para ceder passagem nas escadas rolantes, ao proibido fumar nas estações subterrâneas ou até mesmo os inteligentes avisos "não utilize estes bancos se o veículo estiver cheio"... entre outros. Infelizmente, como temos um índice de analfabetismo altíssimo nesta zona do mapa ninguém quer saber.
Os magotes de gente a conversar ou simplesmente plantados no meio das escadas rolantes mantém-se, o proibido fumar é só quando há seguranças por perto e os assentos que não devem ser usados em hora de ponta... bem, tem de haver sempre um analfabeto(a) qualquer lá alapado.

Civismo procura-se, urgente!

domingo, outubro 08, 2006

Sobre o post anterior

Nunca me passaria pela cabeça fazer publicidade a um evento no Sul, mas pronto… até conheço o tipo e não custa nada dar uma ajuda, sim sim… dar uma mão ou as duas para ajudar, até o curto bués (esta ficou fixe).

Na verdade preferia que fosse no Porto… talvez não apareça ninguém e ele faça a maratona de 4 dias numa cidade mais civilizada, a esperança é a ultima a morrer.

Para já fica, com orgulho do norte:

PORTO
16 de Novembro - às 22h00
Teatro do Campo Alegre
Bilheteira: 22 606 3000

Aviso: ESTE ESPECTÁCULO É PARA MAIORES DE 18 ANOS
Em caso de dúvida, será pedida prova da idade.
Aos menores de 18 anos será barrada a entrada e o dinheiro dos bilhetes NÃO será restituído.

Pedro Tochas em “Maiores de 18”

Pedro Tochas em “Maiores de 18” no Teatro da Trindade 3, 4 10 e 10 de Novembro

Pela última vez em Lisboa, Pedro Tochas apresenta o espectáculo “Maiores de 18 - stand-up comedy para adultos” no Teatro da Trindade.

Quatro dias em Novembro para dizer adeus a um espectáculo que teve lotações esgotadas em todas as suas apresentações anteriores.

Eu recomendo!!A não perder!!!

Mais informação sobre o espectáculo no site de Pedro Tochas http://www.pedrotochas.com/

O que já disseram de Pedro Tochas:

"É que este senhor não tem só piada, tem também muita arte..."O Comércio do Porto

"Sublime na arte de dominar uma plateia, como poucos no nosso país, Tochas é mestre no improviso e na fusão de estilos, desde o stand-up ao humor negro e non sense"VISÃO

"Tochas incendiou plateia de riso"Jornal de Notícias

"Hilariante!É o mínimo que se pode dizer do actor, malabarista e comediante Pedro Tochas."A CAPITAL

"Ao vivo, é chorar de tanto rir."Público

"E, se faz favor, stand up! Porque é assim que se deve aplaudir um artista deste gabarito. De pé!"Correio da Manhã

sexta-feira, setembro 22, 2006

Yay... já é sexta!

Apaguei um post sem querer... bem, é sexta-feira tenho desculpa.

Para uma entrada divertida no fim-de-semana:

quinta-feira, agosto 17, 2006

Cinema

Filme da semana passada – Miami Vice – Tirava o bigode “estilo emigrante português” ao Crockett (Colin Farrell)… não o favorece em nada, se bem que ele não precisa de favorecimentos, é bom e pronto!

Desta semana – Superman Returns– mais um que mais valia ter ficado por lá, Loris Lane aparece com um filho de 5 anos… pelas contas e aspecto dela deve ter sido mãe aos 16 anos, será que dá para abrir processo de pedofilia?

Devia ter ido ver – Capuchino Vermelho - A Verdadeira História (Hoodwinked) – de certeza bem mais interessante, obviamente mais um desenho animado para adultos, maiores de 12 anos, já com dobragem feita em português para os que apesar de terem 12 anos ainda não conseguiram aprender a ler… e se se notar muito num teste qualquer de certeza que terão a segunda oportunidade de terem o teste em versão falada.

domingo, agosto 13, 2006

Almoço 5 estrelas

Isto merece ser contado aos 4 ventos.

Aqui a "eu", resolveu calçar umas sandálias para ir a um almoço com uns amigos, daquelas sandálias que só se tira do armário para casamentos e/ou ocasiões de destaque... lá fui eu toda pipi. Não é que após o almoço se resolve dar um passeio para ajudar à digestão... de prenda os meus pezinhos, nada habituados a estas andanças, resolvem começar por inchar e demonstrar alguma fragilidade cutânea em certas partes. Excelente ideia que surgiu de repente (2 horas e meia após o fim do almoço) ir a um centro comercial lanchar, a vontade de me descalçar começava a ganhar terreno por mais que a ideia de que depois não ia conseguir voltar a enfiar os pés nas sandálias também me passasse pela cabeça, mas resisti e mantive-me calçadinha tal como manda as regras da etiqueta.
Mas a etiqueta nada diz sobre ver sapatarias e resolver comprar uns sapatinhos baixinhos e maleáveis a meio do "passeio". Meu dito meu feito, comprei uns sapatinhos azuis lindos, calçaram que foi uma maravilha... o regresso a casa começou a mudar de figura... e o resultado foi:
- nos dedos grandes de cada pé ganhei duas bolhitas da tira das sandálias, continuam gordas e com bom aspecto;
- nos calcanhares, prenda dos sapatos novos, ganhei duas bolhas enormes que acabaram por rebentar...

Fui obrigada a fazer os últimos 300 metros descalça que as dores nos calcanhares eram insuportáveis.

Resumindo, comprei os sapatinhos maravilha para me livrar das sandálias e foi pior a emenda que o soneto, resta-me esperar que segunda-feira consiga calçar alguma coisa para ir trabalhar.

E agora...

... como se nada tivesse acontecido.

terça-feira, abril 04, 2006

De um amigo... por e-mail, um desabafo:

Estou numa fase muito "interessante" da minha carreira.
Por um lado, ganhei um prémio na Austrália com o espectáculo “O Palhaço Escultor”.
Por outro lado, sinto que em Portugal não tenho público para o meu trabalho.

Agora estou num dilema: qual deverá ser a direcção do meu trabalho?
Criar espectáculos para apresentar fora de Portugal, onde me dão valor, ou criar espectáculos para o público português e ficar a trabalhar para o boneco?
Para mim não ter público é um problema muito grave.
Como eu não recebo qualquer apoio do estado, o público é que me paga o ordenado com os bilhetes que compra; nem todos podem criar coisas sem pensar no eventual público que vão ter, pois é... porque eu não faço cinema português!

Depois de pensar no assunto, chego à conclusão que em Portugal deve haver umas 3000 pessoas que vão aos meus espectáculos num ano (estou a ser optimista, claro).

1500 em Lisboa
500 no Porto
500 em Coimbra
500 no resto do pais
(todas as estimativas por excesso)

Na Austrália tive mais do que isso num dia e ainda recebi um prémio.
Em Edimburgo tenho 400 a 500 pessoas por espectáculo, com um ou dois espectáculos por dia, durante três semanas e meia.

Por muito que goste de Portugal, estes dados dão que pensar.

Quando se aproxima uma temporada no Teatro da Trindade, ainda penso mais nisso.
Será que vai aparecer alguém?
Vou vender bilhetes que cheguem para pagar a sala???

Caso venda poucos bilhetes, posso concluir uma coisa:
O sonho acabou...em Portugal.

Ou então começo a fazer filmes, 1000 espectadores para um filme apoiado pelo estado em um milhão de euros é o normal.

Mas não, eu gosto de ter público, quero partilhar o meu trabalho com o mundo, não gosto de fazer coisas só para um pequeno grupo de amigos.

Por isso, agora é só esperar para ver qual é a adesão ao meu trabalho.

Desculpa o meu desabafo, mas cada vez que volto a Portugal, depois de passar tempo fora, acontece isto:
Venho cheio de vontade de fazer coisas, de desenvolver novos projectos, de partilhar o que aprendi, acima de tudo, regresso cheio de entusiasmo criativo.

Mas basta um dia….ler um jornal…..ver uns minutos de televisão (feita em Portugal)….
Olhar à minha volta e ver:
Um País que é um paraíso para a corrupção e os corruptos, onde o povo os apoia e até os elege para cargos públicos.
Um País onde o sistema jurídico simplesmente não funciona, mas onde o povo gosta de seguir as novelas legais.
Um País onde os chico-espertos são valorizados e os competentes desprezados.
Um País onde nunca ninguém é responsabilizado por aquilo que faz, porque isso é coisa dos outros.
Um País onde a esperança num futuro melhor é coisa do passado.

E todo esse entusiasmo desaparece.

Ainda por cima, quando fora deste país as coisas funcionam.

Mas mesmo assim, vou tentar mais uma vez.
Vou fazer uma nova temporada no Teatro da Trindade.
Será a ultima?
Não sei, mas como a venda de bilhetes está a decorrer, é o mais certo

Vou terminar com o que digo sempre que acabo um espectáculo de rua por esse mundo fora:
"My name is Pedro.
I am from Portugal.
This is what I do for a living,
I am a Street Performer, and my job is to make people smile."

Haverá em Portugal mercado de trabalho para quem somente quer fazer sorrir?

;)

sexta-feira, março 03, 2006

Eu sou do Norte

Texto de Miguel Esteves Cardoso

Primeiro, as verdades. O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.

Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas. Mais verdades. No Norte a comida é melhor. O vinho é melhor. O serviço é melhor. Os preços são mais baixos. Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia. Estas são as verdades do Norte de Portugal. Mas há uma verdade maior. É que só o Norte existe. O Sul não existe. As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte. No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista? No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.

Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país. Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal. Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa. Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte. Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular. É esta a verdade. Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte.

Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.

No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa. O Norte cheira a dinheiro e a alecrim. O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade. Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.

O Norte é feminino. O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.

As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito.

Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem.

As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente. Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial. Só descomposturas, e mimos, e carinhos. O Norte é a nossa verdade. Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.

Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte". Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo.

Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente. No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima.

Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita. O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os-Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.

O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm de dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?

domingo, janeiro 08, 2006

Lixo!

Não podia deixar isto passar em branco, participa!

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Actualizações

Depois da anual limpeza dos links ao lado, parcialmente que a preguiça anda a rondar muito por estes lados, fui por a leitura em dia… que vergonha alguns blogs eu não lia à mais de 7 ou 8 meses. Não fui de deixar muitos comentários… sabem como sou, principalmente quando toda a gente já comentou e disse o que eu poderia dizer.


A Fionda está cada dia maior, já com os seus 25Kg pavoneia-se por todo o lado como se mandasse alguma coisa. A minha mãe atribuiu-lhe um sofá e ela respeita essa decisão com cara de agradecida, se bem que passa a maior parte do tempo esticada em frente á lareira…

Na próxima semana vou vacina-la contra a raiva para a poder registar, é pena que em Portugal ainda se vacinem animais e crianças contra doenças à anos e anos erradicadas, talvez porque alguém tenha o prazer de os ver sofrer… sei lá, há gente para tudo.
A seguir o registo como cão de guarda, protegendo-a de abate e processos judiciais caso se lembre de trincar alguém dentro da propriedade, e, mesmo assim, um seguro tal como todos os cães deviam ter.

domingo, janeiro 01, 2006

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Preciso de uma Guilhermina

«Dava-me jeito ter agora a Gilhermina por perto a dar ordens a estes parasitas e a ajudar-me a educar o Duarte, que só sabe vestir calças a cair pelo rabo abaixo, usar franja de um lado ao outro a tapar a testa e a rosnar baixinho tipo cão raivoso.»

in "pessoas como nós" de Margarida Rebelo Pinto

sábado, dezembro 24, 2005

Os meus votos, são:


Que este Natal encha os vossos corações de amor, carinho e compreensão.

Que vos traga tudo o que tanto desejam.

Que o passem na companhia dos que mais amam

E que a felicidade inunde a vossa casa

X xx xx X Feliz Natal X xx xx X

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Sensações

Sabem aquela sensação de que pisaram merda e o cheiro persegue-nos durante horas?

Pois… é assim que me sinto.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

I'm alive...

I know it’s almost Christmas… but… I do agree with her:

"Wouldn't you just love to shoot the back end out of these bastard midget father christmases that are crawling macabrely ('nother new word?) up buildings all over the place at the moment? I hope the lame-ass who had the idea of miniature santa clauses hanging from buildings gets a good come-uppance one day. I mean, REALLY.

Take me to live in a field with a couple of trees and grass and stuff. It would be cold, but at least there wouldn't be any bad taste christmas crap everywhere."

by Vitriolica

sexta-feira, novembro 11, 2005

É temporário...

Até a minha vida ter alguma coisa nova e diferente... estes espaço estará oficialmente encerrado.

O regresso será para breve mas sem data prevista.

Beijinhos

sexta-feira, novembro 04, 2005

Trainspotting

"Choose life.
Choose a job.
Choose a career.
Choose a family.
Choose a fucking big television, Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers.
Choose good health, low cholesterol and dental insurance.
Choose fixed- interest mortgage repayments.
Choose a starter home.
Choose your friends.
Choose leisure wear and matching luggage.
Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics.
Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning.
Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth.
Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future.
Choose life...

But why would I want to do a thing like that?

I chose not to choose life: I chose something else.

And the reasons? There are no reasons.

Who need reasons when you´ve got heroin?"

Carla, ty for reminding me.